UFMG assina convênio com Estado para mineração de dados

Convênio a ser celebrado nesta quinta-feira, 16, às 11h, na sede da Reitoria, campus Pampulha, vai formalizar a cooperação técnica entre a UFMG, por meio do Departamento de Ciência da Computação (DCC), e a Auditoria-Geral do Estado. Assinam o documento a reitora Ana Lúcia Gazzola, os professores Alberto Laender e Wagner Meira Júnior, do DCC, e a auditora-geral do Estado, Maria Celeste Morais Guimarães.

Pelo convênio, a UFMG disponibilizará ao Estado o programa Tamanduá, ferramenta de mineração de dados para apoio à gestão e decisão governamentais, principalmente em relação a contratações e compras. A facilidade de uso do Tamanduá e a possibilidade de operar com sistemas já existentes são alguns dos fatores que justificam a sua eficácia.

Tamanduá
Desde outubro de 2004, cerca de 30 especialistas do DCC e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) se empenham na elaboração do Tamanduá. Segundo Wagner Meira Júnior, coordenador do programa, o projeto foi desenvolvido em conjunto com a UFAM graças ao seu know-how na coleta automática de informações.

Meira informa que a principal dificuldade encontrada durante a elaboração do programa é o fato de que a ferramenta conjuga desenvolvimento tecnológico e pesquisa, o que significa trabalhar com variáveis de difícil precisão. "É justamente nesse sentido que se encontra a maior conquista desse projeto: ele é uma demonstração de como a pesquisa da Universidade pode se transformar em coisas concretas", explica o coordenador do programa.

Segundo Wagner Meira, o programa ainda não está pronto. "O que existem são versões, que já são utilizadas por alguns órgãos, como o Ministério do Planejamento, Ministério da Saúde e a Secretaria de Planejamento do Estado. Mas o Tamanduá ainda será aprimorado", afirma o coordenador. A primeira versão do programa foi finalizada em julho de 2005, a segunda em novembro do mesmo ano e a conclusão da terceira versão está prevista para o final de março.

Mineração
Mineração de dados é o conjunto de tecnologias que permitem extrair informações de gigantescas bases de dados. Também conhecida como data mining, é um ramo da computação que teve início nos anos 1980, a partir da preocupação dos profissionais das organizações com o armazenamento de grandes volumes de dados. Com a análise das informações extraídas, é possível reduzir e racionalizar os gastos governamentais, aprimorando o uso dos recursos públicos.

Leia mais sobre o projeto Tamanduá na Internet.