O Grupo de Transplante de Pulmão do Hospital das Clínicas da UFMG acaba de retomar suas atividades, interrompidas há quase dois anos. No final de março, o aposentado mineiro Geraldo Licério, de 61 anos, que sofria de enfisema tabágico, foi submetido a transplante de pulmão no HC. Nesta terça-feira, 18 de abril, às 8 horas, no próprio Hospital, o coordenador do grupo e cirurgião torácico, professor Sílvio Pereira, e a pneumologista Valéria Maria Augusto, também integrante do grupo de transplante, apresentarão detalhes da cirurgia, na presença do paciente. O HC já realizou seis transplantes de pulmão, o primeiro deles em agosto de 2003. O Grupo de Transplante de Pulmão é composto por cirurgiões torácicos, pneumologistas, infectologista, intensivistas, anestesiologistas, imunologista, microbiologista, patologista, psicóloga, enfermeiras, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social. A cirurgia Para ser submetido a este tipo de cirurgia, o paciente, cuja doença pulmonar crônica progressiva deve estar em fase avançada e sem resposta a outros tratamentos, precisa passar por um exame clínico detalhado, ter menos de 65 anos e expectativa de vida inferior a dois anos.
De acordo com Sílvio Pereira, o pulmão é o único órgão a manter contato com o meio externo. Por isso, está propenso a contrair infecções, o que torna a cirurgia mais difícil. Para que tudo ocorra com sucesso, é necessário que o tempo entre a retirada do órgão do doador e o transplante no receptor não ultrapasse seis horas. Além disso, o doador não pode estar conectado à respiração artificial por mais de três dias.