Balanço da primeira semana revela sucesso do Festival

A segunda semana do 38º Festival de Inverno da UFMG, que começa nesta segunda-feira, inaugura 21 oficinas, enquanto outras oito remanescentes da semana anterior prosseguem suas atividades. São cerca de 200 novos alunos que se incorporam a este que talvez seja o mais sofisticado dos recentes festivais.

Sem dúvida, o conceito de interatividade que o norteia elevou o patamar de exigência não apenas teórica, mas também prática para professores e alunos.
O coordenador-geral, Fabrício Fernandino, tem uma expectativa muito favorável para a segunda semana que se inicia.

Segundo ele, vamos ter um Festival com maior densidade, não apenas pelas novas oficinas que começam, mas também pelos produtos que vão ser apresentados. "Os diálogos já estão estabelecidos, os produtos em andamento, portanto, esperamos grandes resultados, que envolvam a transdisciplinaridade e consolidem a proposta conceitual do Festival".

Impactos
Do ponto de vista prático, a chegada de novos festivaleiros movimenta a infra-estrutura de serviços do Festival, como se tudo estivesse acontecendo de novo. Atarefada atrás de uma mesa atulhada de papéis, a coordenadora administrativa Márcia Fonseca da Rocha se desculpa por não poder nos atender. "Mal estou tendo tempo para fazer tudo o que preciso. Portanto, nada de balanço agora", diz.

Sandra Alvim, encarregada da hospedagem, no momento em que enfrentava uma fila de recém-chegados, ansiosos para serem encaminhados aos seus alojamentos, comentou: "Ainda não tenho números definitivos, pois além dos professores que hospedamos, temos de contar também os alunos que se hospedam por conta própria e os artistas contratados para os eventos".

Mas, segundo diz Sandra, "estamos trabalhando com sete hotéis e pousadas, além de 17 casas alugadas, onde já hospedamos, sem contar os artistas dos eventos, cerca de 200 pessoas". Já a equipe encarregada da emissão de certificados contabilizava, até o final da tarde de sábado, 180 certificados emitidos, de acordo com Mary da Silva Ramos.

Mas a cidade também sente os reflexos do Festival. O presidente da Associação das Empresas Ligadas ao Turismo de Diamantina
(Adeltur), Dante da Mota Ribeiro, diz: "As pousadas estão cheias, os hotéis com mais de 90% de ocupação e o nossos associados, de modo geral, avaliam que o movimento é maior do que no ano anterior. Isso apesar de os eventos terem sido programados um pouco em cima da hora, o que prejudica a vinda dos turistas. Mas estamos muito felizes com o Festival".

Atrações de hoje
Nesta segunda-feira, a principal atração na agenda de eventos é concerto Reis do Choro, com o trio formado pelos irmãos José Raimundo e Marcos Reis e Luiz Fernando, todos de Diamantina. A apresentação acontece às 21h, no teatro do Instituto Casa da Glória.

Antes, às 18h, haverá a exibição do filme "10 anos do Festival", no adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Às 19h. o artista italiano Gianluca Barbadori apresenta o espetáculo La Buona notte, uma leitura poética de contos do também italiano Dino Buzzati. O local é Capela Imperial de N. S. do Amparo.

Outro evento da noite é a abertura da mostra de artes plástica Cristais, com trabalhos dos artistas-professores do 38º de Inverno da UFMG. A exposição tem concepção e montagem de Lincoln Volpini e acontece na Casa de Chica da Silva.

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