A UFMG inaugurou, nesta terça-feira, 25, o Laboratório de Pesquisa e Educação Inclusiva do Museu de Ciências Morfológicas. O espaço, no campus Pampulha, conta com coleção única no Brasil, patenteada pela Universidade, composta de modelos em gesso, tridimensionais e em relevo. Eles representam células, tecidos, órgãos e sistemas orgânicos. A finalidade principal do novo laboratório é integrar os alunos, principalmente os deficientes visuais, nas aulas práticas de ciências. O Laboratório é resultado do projeto A célula ao alcance da mão, que criou peças de gesso representativas de estruturas microscópicas de seres vivos. A grande motivação veio da presença do aluno Luiz Edmundo Costa, deficiente visual, no curso de Fisioterapia da UFMG. Como o estudante não podia ver o que era mostrado aos outros alunos no microscópio, percebeu-se a necessidade de uma nova forma de ensino, mais inclusiva. Agora, com as peças texturizadas, deficientes visuais podem entender a constituição do corpo humano, utilizando o tato. Embora os modelos da coleção tenham sido confeccionados para atender aos deficientes visuais, o material é de uso universal. Além de visitas orientadas para alunos do ensino fundamental e médio, o laboratório também capacitará professores, dentro de uma perspectiva integradora. A inauguração do Laboratório de Pesquisa e Educação Inclusiva do Museu de Ciências Morfológicas foi um dos pontos altos do IV Encontro do Fórum Permanente de Museus Universitários. Participaram da cerimônia a reitora em exercício da UFMG, Heloisa Starling, a diretora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Maria Cristina Lima de Castro, chefe do departamento de Morfologia do ICB, Gleydes Gambogi Parreira, a diretora do Museu de Ciências Morfológicas da UFMG e presidente do Fórum Permanente de Museus Universitários, Maria das Graças Ribeiro, e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Materiais ajudam no ensino aos deficientes visuais (clique para ampliar)O atendimento ao público terá início em setembro, e os interessados em visitar o espaço poderão fazer o agendamento a partir de 15 de agosto, pelo telefone 3409-2776.
Coral Cantáridas apresentou o Hino Nacional Brasileiro, que foi interpretado em Libras, a linguagem dos surdos.