Hospital das Clínicas da UFMG realiza seu primeiro transplante de coração

O Hospital das Clínicas da UFMG (HC) realizou o seu primeiro transplante de coração. O procedimento ocorreu na noite de sábado, 21 de julho e beneficiou o aposentado José Mendes, 64 anos. Após a cirurgia, ele permaneceu no CTI por 48 horas e, conforme nota divulgada à imprensa pelo HC, passa bem.

José Mendes estava internado há uma semana, sob efeito de medicação e com reduzida expectativa de vida. Ele sofria de insuficiência cardíaca terminal, em conseqüencia da evolução da Doença de Chagas, contraída em 1969. Devido à gravidade da doença, há dois meses o paciente passou a ocupar o primeiro lugar em lista de espera por um novo coração.

Integraram a equipe responsável pelo transplante os cirurgiões Carlos Figueroa, Cláudio Gelape, Renato Bráulio, Paulo Henrique e Marcus Tito e a responsável clínica Maria da Consolação.

José Mendes deve permanecer internado de dez a quinze dias, período de rotina para um paciente submetido a essa modalidade de intervenção cirúrgica.

Histórico
Com a realização do transplante de coração, o Hospital das Clínicas da UFMG destaca-se como um centro de excelência em transplante órgãos, com cobertura de sete áreas. Em 1954, ele foi um dos dois hospitais do país a realizar transplante de córnea e, 1969, realizou o primeiro transplante de rins em Minas Gerais. O transplante de fígado foi o procedimento seguinte, localizando mais uma vez a Instituição como o primeiro hospital público do Estado a realizar a cirurgia, em 1994.

O trabalho não parou aí e, no ano seguinte o HC esteve à frente de dois tipos de transplante de medula óssea: o autólogo de medula óssea (com órgão do próprio paciente) e o alogênico aparentado (com órgãos dos pais ou irmãos do paciente). Em 2003, o hospital despontava como o primeiro, no Estado, a realizar um transplante de fígado entre pacientes vivos, além de ter feito, também, o seu primeiro transplante de pulmão.

Em 2005, o HC foi credenciado para outras duas modalidades de transplante: o de medula óssea alogênico não aparentado (a medula para o transplante é conseguida por meio da consulta ao banco de medula) e o transplante duplo de pâncreas e rins, realizado em dezembro do ano passado. (Assessoria de Imprensa do HC)