A professora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG e coordenadora do Museu de Ciências Morfológicas da Universidade, Maria das Graças Ribeiro, conquistiou o primeiro lugar do Prêmio Francisco de Assis Magalhães Gomes, promovido pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior (Sectes). A segunda colocação coube ao professor Alfredo Luis Martins Lameirão Mateus, do Colégio Técnico da Universidade (Coltec). Eles receberão diploma, medalha e a importância de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente. A entrega dos prêmios será realizada no dia 22 de agosto, durante a abertura da III World Triga Users Conference, organizada pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN). Na ocasião acontecerá também um simpósio em comemoração ao centenário de nascimento do professor Francisco de Assis Magalhães Gomes. O prêmio instituído pela Sectes homenageia o cientista e professor da UFMG, pioneiro na pesquisa nuclear no Brasil. Ele é destinado a pesquisadores ou profissionais de ciência e tecnologia, que tenham contribuído para a difusão da ciência junto ao grande público. Francisco Magalhães nasceu em 1906 em Ouro Preto. Ele foi diretor do Instituto de Pesquisas Radioativas (IPR) da UFMG, atualmente Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), localizado no Campus Pampulha. Opositor do uso bélico da energia nuclear, o cientista morreu em 1990. Seis anos depois, foi instituído o prêmio em sua homenagem. A edição deste ano comemora o centenário de nascimento do professor. Premiados Maria das Graças Ribeiro é também coordenadora da Rede de Museus e Espaços de Ciências e Tecnologia e presidente do Fórum Permanente de Museus Universitários do Brasil. O segundo colocado, o professor Alfredo Luís Martins Lameirão Mateus, foi indicado pela publicação do livro Construindo com PET, em que, além de abordar a construção de modelos moleculares, poliedros, traz modelos e experimentos na área de Química, Física, Matemática, aborda a produção do plástico, a tecnologia empregada na produção das garrafas e traz uma discussão sobre a reciclagem deste material, permitindo que as técnicas sejam replicadas pelos leitores, incluindo os professores de ciências. Alfredo Luís atua também na área de Pesquisa e Desenvolvimento do departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICEx). Usualmente atribuído em quatro modalidades, este ano o prêmio foi concedido em apenas uma delas - a de Divulgador científico - adotando-se o sistema de rodízio. O Prêmio Francisco de Assis Magalhães Gomes conta com o apoio da Fapemig.
Segundo informa nota da Sectes, a primeira colocação foi destinada à professora Maria das Graças Ribeiro, devido ao trabalho de divulgação científica que desenvolve e coordena no Museu de Ciências Morfológicas da UFMG. O objetivo do espaço é revitalizar o ensino de ciências e, especificamente, biologia, para os níveis médio e fundamental, por meio de visitas orientadas às exposições, oficinas de ciências para professores.