Pró-reitora de extensão recebe Comenda Lúcia Casasanta

A professora Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben, pró-reitora de Extensão da UFMG, recebe, nesta segunda-feira, 4, a Comenda Lúcia Casasanta, concedida pela Fundação Amae para Educação e Cultura.

Instituída em 1997 pelo Conselho de Administração da Fundação, a comenda é outorgada, a cada ano, a um grupo de personalidades escolhido por sua destacada contribuição à educação e à cultura em Minas Gerais e no Brasil.

“A comenda é a expressão de reconhecimento e homenagem a pessoas e instituições que, por diferentes formas de trabalho e esforço, correspondem ao exemplo que nos deixou a eminente educadora Lúcia Casasanta sua dedicação ao compromisso com o ideal de educação que a Amae vem construindo, ao longo de sua história”, explica o presidente da entidade, David Márcio Santos Rodrigues.

A solenidade de entrega acontece às 18h30, no Espaço Eudoro Vilella, da Fundamig, à rua dos Goitacazes, 71, centro, Belo Horizonte.

Honra
“Fico muito honrada com a homenagem, sobretudo por ser a Amae uma instituição com grande tradição na área educacional, e formada por pessoas que sempre admirei muito”, afirma a pró-reitora Ângela Dalben. “Como professora, muitas vezes me inspirei no trabalho da Amae, que desenvolve importantíssimo trabalho de orientação aos docentes de ensino fundamental em Minas Gerais”, completa.

Ângela Dalben ressalta a importância da revista publicada pela Fundação Amae, com foco de reflexão da prática pedagógica e na valorização de experiências inovadoras.

Além da pró-reitora, recebem a comenda as professoras Vanessa Guimarães Pinto (reitora da UFMG de 1990 a 1994), Margarida Magda Machado Michel, Maria da Conceição Santiago Teixeira, Marly Moysés Marques da Silva Araújo, Maria Helena Mansur, Maria da Anunciação Duarte Carvalho, o doutor Cássio Eduardo Rosa Resende, e as instituições Sistema Logosófico de Educação e Sesc – Laces/JK.

Lúcia Casasanta
A vida da educadora Lúcia Casasanta foi marcada por seu profundo compromisso com a causa do ensino fundamental, lutando por uma escola plena de emoção, sabedoria e técnica, onde o desenvolvimento lingüístico das crianças fosse a evidência maior de uma educação de qualidade.

Nascida em 1908, em Santa Luzia, Lúcia Schmidt Monteiro de Castro
A vida profissional de Lúcia Casasanta confunde-se com a história da Educação de Minas Gerais durante mais de meio século.

Exerceu profunda influência no ensino da leitura e escrita, despertando em suas alunas o espírito científico da pesquisa e da fundamentação teórica na prática pedagógica, motivo do significativo avanço no desenvolvimento do ensino da leitura em Minas Gerais.

Tal influência foi possível a partir de sua atuação na Escola de aperfeiçoamento, mais tarde transformada em Curso de Administração Escolar e, por fim, no Curso de Pedagogia do Instituto de Educação de Minas Gerais, atual Faculdade de Educação da UEMG, do qual era diretora por ocasião de sua transformação em instituição de Ensino Superior.

Como professora e diretora, Lúcia esteve entre os que incentivaram a criação e o desenvolvimento da associação de alunos e ex-alunos do Curso de Administração Escolar, origem da atual Fundação Amae para Educação e Cultura, onde foi – e sua memória continua sendo – presença constante e fonte de inspiração.

Autora de várias obras é, principalmente, conhecida pela série de livros As Mais Belas Historias publicada e adotada nas escolas durante toda a segunda metade do século 20, para o ensino da leitura nas quatro primeiras séries do ensino fundamental por várias gerações.