Foi aberto em Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira, 7, o 1º Workshop do Laboratório de Excelência e Inovação em telessaúde - América Latina e Europa, evento acontece no Hotel Mercure, hoje e amanhã, com palestras de manhã e à tarde. (Confira aqui a programação do evento). O ministro da Saúde, Agenor Álvares, presidiu a solenidade de abertura, que contou também com a presença do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel; do reitor da UFMG, Ronaldo Tadêu Pena; do diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Francisco Penna; da representante da Organização Mundial de Saúde (OMS), Beatriz de Faria Leão, além de representantes das Secretarias de Saúde do Estado e do Município. O Laboratório pretende ser um fórum permanente de troca de experiências entre instituições e governos da América Latina e União Européia. Participam do evento representantes de 20 países. Chama-se 'telessaúde' a disponibilização de serviços de saúde por meio de tecnologias de comunicação e de informação, com aplicações tanto clínicas quanto não-clínicas - como a realização de videoconferências e exames a distância. Pioneirismo O BHTelesaúde permite que profissionais locados nos postos troquem experiências e conhecimento, para efeito de diagnóstico e tratamento, com a utilização, por exemplo, de radiografias que podem ser avaliadas on line, para que obtenham segundas opiniões de renomados profissionais em áreas específicas. Avanço Em seu pronunciamento, o reitor Ronaldo Tadêu Pena ressaltou a destacada participação da área de saúde da universidade no programa. Disse que a telessaúde é uma ferramenta fundamental para vencer o desafio de combinar excelência e relevância. "Os projetos de uma universidade devem ter tanto de rigor acadêmico e científico quanto de prestação de serviços à comunidade", enfatizou. Como os projetos de telessaúde tornam possível disponibilizar serviços de saúde para áreas remotas, e ao mesmo tempo contribuir para a troca de experiências e melhores práticas, eles agem nesse sentido. "O futuro da humanidade passa pela telemedicina", afirmou o reitor. Participação Já a representante da Organização Mundial de Saúde (OMS), Beatriz de Faria Leão, afirmou que as experiências partilhadas no workshop podem ser aproveitadas não apenas na América Latina e Europa, mas em todo o mundo. Ela citou zonas rurais da África como exemplos de locais que têm muito a ganhar com as práticas de telessaúde. Além de países da América Latina e Europa, participam do workshop representantes de três países africanos - Egito, África do Sul e Moçambique. (Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina)
O serviço, implantado em caráter pioneiro no Brasil, está à disposição da população de Belo Horizonte graças a uma parceria entre a Prefeitura Municipal e a UFMG. Por meio desse serviço, os atendimentos nos diversos postos de saúde espalhado pela cidade contam com o apoio de especialistas da Faculdade de Medicina e do Hospital das Clínicas da UFMG.
O ministro da Saúde, Agenor Álvares, citou a inadequada distribuição de serviços de saúde no pais como um problema a ser enfrentado. Mesmo com um grande número de profissionais de saúde no Brasil, ainda existem cerca de 1.000 municípios sem a sua presença regular. A telessaúde pode fazer com que médicos revejam a decisão de não morar em locais remotos por temerem falta de assistência de colegas. É um sólido passo para "levar a todos os brasileiros o direito de ser bem atendido", disse.
O prefeito Fernando Pimentel disse não ser trivial que a iniciativa de realização do Laboratório de Excelência e Inovação em telessaúde - América Latina e Europa se dê em Belo Horizonte, "uma cidade ousada". Segundo ele, a capital mineira sempre se destacou pela modernidade e pela vanguarda. Em se tratando de experiências com informática e telecomunicação, é a primeira cidade do mundo com um Orçamento Participativo com acesso pela Internet.
O prefeito disse também que a telessaúde deve ser vista como um passo "na consolidação de um modelo de governança amplamente participativo".