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A UFMG é uma das articuladoras e parceira da Prefeitura de Belo Horizonte no programa Escola Integrada, lançado na manhã desta segunda-feira, 19, em evento que teve lugar na Escola Municipal Consuelita Cândida, bairro Jardim Belmonte, Região Nordeste da capital. Participaram do lançamento da Escola Integrada o ministro da Educação, Fernando Haddad, o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, o reitor da UFMG, Ronaldo Pena, reitores das demais universidades parceiras e parlamentares, entre outras personalidades. Na ocasião, o ministro Fernando Haddad disse que o lançamento do projeto simboliza um tipo de parceria que coloca a educação como um dos fatores principais para o crescimento do país, pois envolve, principalmente, a comunidade no processo educacional. "O passo que está faltando para que o Brasil tenha maior desenvolvimento econômico e melhor distribuição de renda é a qualidade da educação. Projetos como esse são o caminho", ressaltou. Escola integrada Num primeiro momento, o Programa vai atender a 29 escolas municipais de Belo Horizonte. A coordenação e articulação dos trabalhos na UFMG estão a cargo da Pró-Reitoria de Extensão e da Escola Fundamental do Centro Pedagógico, que participaram desde as discussões iniciais até a formatação final do programa. A expectativa é de que, com as 130 oficinas propostas pela UFMG, possam ser atendidos cerca de 68.000 alunos do ensino fundamental. Serão envolvidos aproximadamente 680 alunos-bolsista e 96 discentes/técnicos, de 18 unidades/órgãos da Universidade. Compromisso Já o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ressaltou que o programa Escola Integrada foi pensado para ser um modelo de educação integral que saísse do papel, por isso se baseou em experiências reais de escolas de Santo André (SP) e Nova Iguaçu (RJ). "Dobrar o número de professores e ampliar a estrutura física das escolas é muito oneroso e inviabilizaria o projeto. A idéia é integrar parques, centros culturais e espaços comunitários às escolas. Assim saímos da teoria e viramos prática", comenta Pimentel. Aulas no parque As atividades no parque são as favoritas dos alunos que estudam e brincam acompanhadas por monitoras e professoras. A escola pretende ampliar as atividades extras para todas as turmas. (Com informações das Assessorias de Comunicação da Proex e do MEC)
O programa concebe que a educação extrapola os muros da escola e que, tanto a comunidade mais próxima quanto a própria cidade, educam. Por isso, ele busca a formação integral do aluno da rede municipal que passa a ficar sob a responsabilidade da escola durante cerca de 9h.
Nesse horário, serão desenvolvidas atividades de acompanhamento pedagógico, esportes, cultura, lazer e artes. Além disso, há uma busca pela formação pessoal e social do aluno. Todas essas atividades serão ministradas e acompanhado por oficineiros da comunidade, de ONGs e por alunos de graduação e pós-graduação das dez Instituições de Ensino Superior parceiras da prefeitura.
"A Universidade Pública está comprometida com a excelência de seus projetos, a Escola Integrada tem relevância social e acadêmica e ficamos felizes em poder cumprir o nosso papel. È um compromisso com o futuro do país", afirmou o reitor da UFMG, Ronaldo Pena, durante a solenidade de lançamento.
Os alunos da Escola Municipal Consuelita Cândida já vivem a realidade da Escola Integrada. Com o apoio de oficineiros da comunidade, eles participam de aulas de artesanato, capoeira e recebem o acompanhamento escolar no turno em que não estão em sala de aula. Muitas das atividades são realizadas no Parque Jardim Belmonte, que fica próximo à escola.
"É melhor que ficar na rua", afirma S.A, de sete anos, que faz o dever de casa com ajuda das monitoras. Segundo Laudezir Goullart, professora de artesanato, os pais de muitas crianças trabalham e nem sempre podem estar com elas nessas ocasiões.