Estudantes cercam a Reitoria da UFMG

Os restaurantes universitários Setorial II, o bandejão, e o Ocre voltaram a funcionar normalmente nesta quarta-feira, 25. Não houve invasão e também cessou o chamado movimento "pula-catraca", conforme compromisso assumido pelos representantes dos estudantes em reunião realizada no gabinete da Reitoria na noite de ontem.

Mas, apesar da retomada do funcionamento normal dos restaurantes, no início da tarde de hoje um grupo de estudantes, que foram derrotados na assembléia que aprovou o acordo com a Reitoria, portando cartazes e gritando slogans em megafone, iniciou uma manifestação na portaria da Reitoria, com o objetivo de invadir o prédio. A segurança universitária foi acionada e tomou providências para impedir a ocupação da Reitoria. Não houve confronto entre manifestantes e vigilantes.

A professora Samira Zaidan, diretora de Assuntos Estudantis, informou que tentou dialogar com os estudantes. Segundo ela, os estudantes afirmaram que "dariam continuidade à manifestação para não enfraquecer o movimento e também como forma direta de pressionar a Reitoria". Os manifestantes não esclareceram, contudo, o motivo de sua atitude, "uma vez que o acordo fechado na noite de ontem (terça-feira) esta sendo integralmente cumprido", confirmou Samira Zaidan.

Ainda segundo a diretora de Assuntos Estudantis, a Reitoria se comprometeu a não entrar com ação indenizatória na Justiça contra os Diretórios Acadêmicos que lideraram a invasão dos restaurantes, acordando também um calendário de negociações sobre as reivindicações anteriormente apresentadas pelos estudantes, como a expansão da área dos restaurantes e a discussão sobre o preço das refeições.

Durante a manifestação, o grupo dissidente queimou uma camisa com a logomarca da chapa Mutirão, vencedora das eleições e atual gestora do DCE, que não apoiou a invasão dos restaurantes, sob a alegação de discordar dos métodos empregados. O DCE propõe uma linha de negociações com a Reitoria.

Diretores divulgam manifesto em apoio à Reitoria.