Palestras ajudam a diminuir dúvidas sobre profissão

Auditórios lotados durante todo o dia, nas palestras de 40 minutos com informações sobre cada um dos 48 cursos de graduação oferecidos pela UFMG, demonstram o interesse dos estudantes de ensino médio que vêm ao campus Pampulha para visitar a Mostra das Profissões.

E como a idéia é exatamente conhecer para facilitar a decisão, muitos dos estudantes assistem a várias palestras. "Estou em dúvida entre Medicina Veterinária e Fisioterapia", disse Ana Lúcia Santos, que assistia, na manhã desta quinta-feira, 3, a exposição sobre Fonoaudiologia, para acompanhar a amiga Ana Laura da Costa, que tem interesse pela área. "Quero conhecer a Fonoaudiologia para ver se é mesmo aquilo que desejo como profissão", comentou Ana Laura.

As duas amigas e mais de uma centena de estudantes ouviram a professora Érica Oliveira, da UFMG, explicar que a Fonoaudiologia é uma carreira nova, regulamentada no Brasil em 1981, mas com diversas oportunidades de inserção no mercado de trabalho.

Segundo a professora, o profissional da área pode trabalhar tanto em aspectos ligados à saúde, quanto em apoio a profissionais da voz, como atores, cantores, comunicadores e políticos. "Tem ainda a proposta de inserção do fonoaudiólogo em saúde pública, integrando-o ao Programa Saúde da Família", explicou Érica Oliveira.

Menor agitação
Na avaliação do coordenador da Mostra das Profissões, professor Antônio Zumpano, este ano o evento tem mantido freqüência semelhante aos anos anteriores - cerca de 40 mil visitantes - mas os alunos parecem mais conscientes do que buscam. "O evento está se tornando conhecido dos colégios, por isso os jovens chegam ao campus com mais conhecimento da rotina e sabendo melhor aquilo que procuram", comenta Zumpano.

A professora Ivete Mrad, da Escola Estadual Bento Gonçalves, de Matozinhos, confirma a percepção de Zumpano. "Estamos desenvolvendo com nossos alunos o projeto Trabalho e profissão, que incluiu passar previamente informações sobre a Mostra. Por isso eles não chegam aqui tão dispersos", explica.