A reitoria da UFMG divulgou nesta sexta-feira, dia 15 de junho, nota que esclarece as medidas adotadas após os fatos ocorridos em 17 de abril, quando um grupo de estudantes invadiu o Restaurante Setorial II. O documento explica que a invasão resultou em prejuízos para a Universidade e a FUMP - Fundação Mendes Pimentel. Mesmo depois de negociações com os estudantes, que se comprometeram a não mais invadir dependências da UFMG, um grupo de alunos tentou ocupar novamente o prédio da reitoria.
Diante dessa segunda ameaça, de acordo com a nota, a reitoria adotou como medida preventiva o reforço da segurança no prédio da reitoria. Para custear tal despesa adicional, a reitoria apresentou ao Conselho Universitário, durante reunião em 14 de junho, a decisão de direcionar parte dos recursos destinados à área acadêmica, mais especificamente ao programa de melhoria de laboratórios de ensino de graduação, para cobrir os gastos adicionais com a segurança.
De acordo com o reitor Ronaldo Pena, o orçamento da instituição só possibilitava a utilização de dois recursos - o destinado para compras de livros das bibliotecas universitárias ou para melhorias dos laboratórios de ensino de graduação. "Como o recurso para compra de livros já está sendo utilizado, só restou lançarmos mão dos recursos para os laboratórios para custear a despesa adicional com a segurança", comenta.
Posicionamento do DCE
No dia 14 de junho, diante da decisão da reitoria apresentada ao Conselho Universitário, o DCE convocou o Conselho dos Diretórios Acadêmicos (DAs) para discutir o documento. O coordenador do DCE, Fagner Ribeiro Sena, explica que a reunião contou com poucos representantes dos DAs, impossibilitando a tomada de posição do Conselho.
Sena destaca, no entanto, que o DCE não concorda com a medida adotada pela reitoria, pois vê nela uma decisão política. "Achamos que poderiam ter utilizado outros recursos, que não aqueles que afetam a melhoria dos laboratórios", afirma Sena. Ele informou, porém, que não concorda com a posição do grupo de estudantes que insiste em não acatar as decisões tomadas pelos estudantes em Assembléia.
Fagner Sena adianta que o DCE vai percorrer as salas de aula, apresentando sua posição aos demais estudantes, além de buscar o diálogo com o grupo dissidente, por avaliar que tais ações estão gerando ônus para todo o conjunto dos estudantes.
Confira, na íntegra, nota oficial divulgada pela reitoria.
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