Aluizio Gomes Assis/Vice-presidência da República |
O reitor da UFMG, Ronaldo Tadêu Pena, esteve reunido ontem, dia 4, em audiência com o presidente da República em exercício, José Alencar, em Brasília/ DF, para tratar, entre outros assuntos, da situação da greve dos servidores técnicos e administrativos em Educação, iniciada em 28 de maio. A redução de 50% no atendimento aos pacientes do Hospital das Clínicas da UFMG e a ameaça de atraso no início do segundo semestre letivo de 2007, segundo Pena, foram os pontos principais repassados por ele a José Alencar. “Saí otimista do encontro. O presidente se envolveu e demonstrou claramente que ficou sensibilizado com a situação. Imediatamente ligou para o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, pedindo providências rápidas para a solucionar a questão”, revela. Do gabinete de José Alencar, o reitor Ronaldo Pena seguiu diretamente para a Secretaria de Recursos Humanos, onde o secretário Duvanier Paiva Ferreira já o aguardava. Também orientado a tratar a situação da UFMG como prioridade, Ferreira o apresentou o ofício encaminhado à Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (FASUBRA), com data de 03 de julho de 2007, onde constam as propostas apresentadas pelo Governo Federal aos servidores. Propostas O secretário Duvanier Paiva Ferreira disse ao reitor reconhecer a necessidade de reajuste da tabela de vencimentos dos servidores das universidades federais. Ele acrescentou que, por outro lado, tradicionalmente a largada do processo de negociação é suficiente para estabelecer um quadro de confiança mútua, suficiente para garantir o retorno ao trabalho de servidores federais. A medida tem como principal vantagem permitir que as discussão de propostas se dêem fora de um clima de pressão. Ronaldo Pena declarou que a UFMG está empenhada em fazer gestões junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que seja avaliada com mais cautela qualquer possibilidade de corte no pagamento dos servidores. O reitor lamenta que não tenha partido do sindicato qualquer ação judicial no sentido de poupar a categoria de cortes ou eventuais outras formas de perdas, como ocorreu na UFRN.
No documento, que ainda não tinha sido respondido pelos servidores em greve, constam três itens colocados como propostas de negociação. O primeiro consiste na evolução salarial da Carreira Técnico-Administrativa em Educação, com impacto partir de 2008, tendo como referência a tabela remuneratória do Plano Geral do Poder Executivo(PGPE), considerando a necessidade de tratamento especial aos servidores da Classe E. O segundo assegura recursos orçamentários ainda em 2007, para concessão de planos de saúde suplementar aos servidores técnicos-administrativos das IFEs e seus dependentes. E, por último, a garantia de que os servidores que têm Vencimento Básico Complementar (VBC) na composição remuneratória não sejam prejudicados quando da elaboração de uma nova tabela remuneratória.