A institucionalização e o poder deliberativo dos conselhos municipais de meio ambiente na região metropolitana da capital são temas do debate que acontece, ao longo desta quinta-feira, dia 4, na UFMG. O Fórum de Conselhos Coletivos Ambientais da Região Metropolitana de Belo Horizonte está reunido no auditório do Instituto de Ciências Exatas (Icex), campus Pampulha. A promoção é da Universidade, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, através do Programa Gestão de Conflitos Relacionados à Mineração (Gescom). O encontro tem como objetivo tirar novas propostas, como a obrigatoriedade da existência de conselhos em todas as cidades e de uma composição que dê voz ativa a moradores, gestores de cultura e saúde e organizações não governamentais especializadas em meio ambiente, entre outros setores. As propostas definidas hoje serão levadas para o encontro nacional de colegiados, marcado para 16 a 18 de outubro, em Brasília. Na ocasião, as decisões serão encaminhadas ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Poluição no Rio das Velhas De acordo com a professora Doralice Pereira, do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências, a UFMG tomou a iniciativa desse movimento por compreender a importância da ampliação da discussão. “Este fórum é uma oportunidade que criamos para que os conselhos e outros grupos se organizem e tenham consciência de seu papel, reivindicando maior participação da sociedade nas decisões sobre meio ambiente no âmbito local”, afirma Doralice, que é subcoordenadora do Núcleo de Geografia Urbana.
Estão reunidos representantes de 34 municípios da região metropolitana, além de personalidades do poder público, nos diversos níveis, e ONGs. Um das grandes questões ambientais que atingem a região é a poluição das bacias dos rios das Velhas e Paraopeba, causada pela exploração de minério de ferro. Atualmente, sai do Rio das Velhas a maior carga poluidora do Rio São Francisco.