UFMG espera criar com o Reuni 1.800 novas vagas em cinco anos

A adesão da UFMG ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), do Ministério da Educação, deverá resultar na abertura de 1.800 novas vagas no Vestibular, ao longo de cinco anos. Isto significa 38% a mais que as 4.714 oferecidas atualmente. A informação foi divulgada hoje, durante entrevista do reitor Ronaldo Tadêu Pena e da vice-reitora Heloísa Starling ao Portal de Notícias, à Rádio UFMG Educativa e à TV UFMG. Os dois falaram sobre a proposta que a Reitoria apresentará ao Conselho Universitário, com detalhes da adesão ao Reuni.

A Reitoria já iniciou a análise dos planos de cada unidade acadêmica da UFMG sobre o Reuni, concluídos no fim de setembro. Eles integrarão a proposta oficial da universidade, a ser enviada ao MEC até o prazo de 29 de outubro. Todas as unidades apresentaram projetos de expansão ou criação de cursos. A Reitoria adotará alguns critérios para incorporá-los ou não à proposta oficial, como as oportunidades de inclusão social (entre elas, a implantação de cursos noturnos) e a criação de cursos que atendam novas demandas do mercado, integrando diferentes áreas do conhecimento na universidade.

De acordo com Heloísa Starling, essas medidas já haviam sido programadas pela UFMG, desde o ano passado, antes, portanto, da edição do decreto que instituiu o Reuni, em 24 de abril deste ano. O programa federal permitirá que esses planos sejam colocados em prática de forma ampliada. A vice-reitora disse que a proposta da UFMG contemplará os dois principais eixos do Reuni. “É um projeto de expansão e de reestruturação da universidade”, afirmou Heloísa Starling.

Professores
Com o aumento do número de vagas, a UFMG estima que será necessário contratar cerca de 350 novos professores, que se juntariam aos atuais 2.446. O Reuni prevê, também, a concessão de bolsas a alunos de pós-graduação para que eles integrem equipes de docentes em atividades acadêmicas diversas.

Uma das metas colocadas pelo Reuni para as universidades federais é atingir a proporção de 18 alunos por professor. Atualmente, a UFMG tem 16,5 alunos por professor, ou seja, está perto do que é considerado ideal pelo MEC. Outro objetivo do programa federal é garantir que 90% dos estudantes concluam os cursos superiores, para reduzir a evasão.

Ronaldo Pena afirmou que a expansão prevista na proposta da UFMG para o Reuni não irá comprometer os atuais padrões de excelência dos cursos da universidade. “Temos compromisso com a qualidade. Vamos fazer a expansão, mantendo a qualidade”, disse o reitor.

Ainda este mês, a Reitoria enviará a proposta de adesão ao programa para o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e para o Conselho Universitário, que deverá votá-la em reunião no dia 25.

Mais detalhes da proposta estão no site especial da UFMG sobre o Reuni.