Maíra Vieira |
Em reunião realizada na tarde de ontem, 18 de outubro, o CEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) aprovou, por unanimidade, a proposta apresentada pela Reitoria de adesão da UFMG ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), do Ministério da Educação. O projeto ainda tem que ser submetido à aprovação do Conselho Universitário, que irá se reunir no dia 25, na próxima semana, para analisar o assunto. As universidades federais têm até 29 de outubro para apresentar ao MEC as propostas de adesão ao Reuni. O resultado alcançado no CEPE foi comemorado pelo reitor Ronaldo Tadêu Pena. “Acredito que conseguimos construir, juntamente com a participação de muitos segmentos da comunidade universitária, um projeto adequado à UFMG”. A expectativa é de que a Universidade, caso o projeto venha a ser aprovado pelo Conselho Universitário, receba R$ 13 milhões em 2008, R$ 8 milhões em 2009, além de R$ 5 mil a cada nova matrícula gerada pela expansão da graduação. “Com essa aprovação, o projeto de adesão da UFMG ao Reuni já não é mais da Reitoria, e sim do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade. Espero, na semana que vem, poder afirmar que o projeto é da Universidade, se o mesmo for aprovado pelo Conselho Universitário”, afirma o reitor. Para definir o projeto, apresentado ao CEPE, a reitoria definiu uma agenda para apresentar a proposta e reunir contribuições a partir de debates e discussões junto à comunidade universitária. Foram cerca de 70 encontros com representantes das assembléias departamentais, congregações e colegiados; reuniões de departamento, com diretores de unidades acadêmicas e com estudantes. Expansão O decreto federal que institui o Reuni é de 24 de abril. Desde então, a UFMG discute a adequação ao programa dos planos de expansão e reestruturação da universidade. O Reuni prevê o crescimento da oferta de vagas e de cursos de graduação e pós-graduação nas instituições federais de ensino superior (Ifes). Estimula também a criação de novas turmas no turno da noite, a adoção de mecanismos de inclusão social e a mobilidade estudantil. A proposta que será levada ao Conselho Universitário, no dia 25, está centrada em quatro eixos. O primeiro deles é a expansão integrada da graduação e da pós-graduação, com a articulação de professores e alunos de mestrado e doutorado na composição das equipes da graduação e o aumento do número de bolsas de doutorado, mestrado e monitoria. O segundo eixo é a adoção de novas metodologias no ensino da graduação, com a utilização da tecnologia de ensino a distância como forma de apoio ao ensino presencial, o enxugamento dos currículos e o incentivo ao estudo extraclasse. O terceiro aspecto é o da ampliação do acesso dos alunos ao programa de mobilidade estudantil na graduação (principalmente nos países do Cone Sul). A inclusão social surge como aspecto que viria coroar a proposta. Mais informações sobre a proposta da reitoria e sobre o Reuni em "UFMG espera criar com o Reuni 1.800 novas vagas em cinco anos" e no site criado para estimular o debate sobre o projeto do governo.
Além dos recursos para investimentos, ou seja, destinados a preparar a universidade para a expansão, a UFMG deverá ter um acréscimo anual em seu orçamento de cerca de R$ 85 milhões, quando todas as novas vagas na graduação estiverem criadas. O recurso será utilizado para custeio.