Breno Pataro/PBH |
O prefeito Fernando Pimentel e o secretário de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Alberto Duque Portugal, anunciaram, na manhã desta sexta-feira, em reunião com dirigentes da UFMG, uma série de medidas para acelerar a implantação do Parque Tecnológico (BH-Tec). O encontro, realizado no gabinete do prefeito Pimentel, contou com a presença do reitor Ronaldo Pena, do pró-reitor de Planejamento, José Nagib Cotrim Árabe, e do presidente do BH-Tec, Clélio Campolina. Uma das principais medidas, segundo o professor Campolina, foi anunciada pelo próprio prefeito. “Ele comunicou que está enviando, em regime de urgência, um projeto de lei à Câmara Municipal para regularização fundiária e parcelamento dos terrenos do Parque Tecnológico”, relatou o professor Campolina. Já o secretário Alberto Portugal informou que o Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais está realizando a análise técnica e preparando o orçamento do primeiro prédio institucional do BH-Tec. A expectativa é que as regras do processo de licitação estejam definidas em março. A Secretaria de Ciência e Tecnologia já transferiu R$ 6,5 milhões - de um total de R$ 20 milhões estipulado em convênio - para as obras. Além de recursos para edificações, o governo estadual assegurou R$ 5,9 milhões, por meio do Programa Estruturante de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, para custeio das atividades do Parque nos próximos três anos. O financiamento é da Fapemig e da Finep. Para o professor Campolina, as medidas removem os obstáculos que atrasavam as obras do BH-Tec. “Elas asseguram a implantação definitiva do empreendimento”, garante o professor. Vocação O BH-Tec ocupará terreno de 535 mil metros quadrados, cedido pela UFMG nas imediações do campus Pampulha, mas apenas 185 mil serão ocupados com edificações, que reunirão empresas dedicadas a produzir novas tecnologias, laboratórios de pesquisa de instituições públicas e privadas e serviços de apoio às atividades tecnológicas. Os outros 350 mil metros quadrados serão de área nativa preservada.
O Parque Tecnológico deverá canalizar investimentos no valor de R$ 500 milhões nos próximos dez anos. A construção é considerada estratégica para lançar novas bases para a geração de emprego e renda no Estado, a partir da produção de tecnologia avançada - e não apenas de produtos, como ocorre em distritos industriais convencionais. Ele também consolida a vocação de Belo Horizonte como pólo de biotecnologia.
O empreendimento é viabilizado pela parceria entre UFMG, Governo do Estado, Prefeitura de Belo Horizonte, Fiemg e Sebrae, com participação da iniciativa privada.