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A UFMG e o Instituto Cultural Flávio Gutierrez (ICFG) assinaram hoje, na Reitoria da universidade, o protocolo de intenções para a implantação do Museu de Santana e da Biblioteca do Barroco, em Tiradentes (MG). Quando concluídas, as duas obras consolidarão a cidade histórica como referência mundial no estudo do barroco. O protocolo de intenções tem prazo inicial de um ano, durante o qual a universidade e o instituto levantarão os detalhes técnicos e financeiros para a criação do museu e da biblioteca. O custo total estimado é de R$ 5 milhões. A escolha de Tiradentes está relacionada a seu papel na história do barroco mineiro e ao projeto da UFMG de criar um campus cultural avançado na cidade. “Tiradentes é a própria Minas do Setecentos [denominação dada ao século XVIII]. Vamos dar uma destinação nobre a dois imóveis históricos da cidade”, disse o reitor da UFMG, Ronaldo Tadêu Pena, na solenidade de assinatura do protocolo. O Museu de Santana será composto por um acervo raro de imagens de Santana, mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo. São 230 peças datadas do período entre os séculos XVII e XIX, doadas pela colecionadora Ângela Gutierrez. “É um museu singular, porque é só de imagens de Santana. Ele é único por seu conteúdo”, afirmou a colecionadora. O museu será instalado na antiga cadeia pública de Tiradentes Referência mundial A criação da biblioteca terá, ainda, impacto nos diversos campos de conhecimento da UFMG dedicados ao estudo do barroco, entre eles história, arquitetura, artes visuais, música, sociologia e letras. “Ela significará um impulso na pesquisa sobre o assunto”, afirmou o diretor de Ação Cultural da UFMG, Maurício Campomori. Ainda não há previsão de quando o museu e a biblioteca entrarão em funcionamento. O objetivo do projeto do campus avançado em Tiradentes é dar uma destinação cultural a prédios de propriedade da UFMG, com impacto social para a comunidade. As ações da universidade no município abrangem também atividades na área de saúde pública.
A Biblioteca do Barroco funcionará no prédio que serve de sede à Fundação Rodrigo Melo Franco de Andrade, administrada pela UFMG. A idéia, de acordo com a vice-reitora Heloísa Starling, é atrair pesquisadores de todo o mundo: “Não existe, no Brasil e na América Latina, uma biblioteca dedicada inteiramente ao barroco”. Detalhes sobre a formação do acervo serão definidos durante a vigência do protocolo de intenções.