O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe hoje, quinta-feira, às 15 horas, no Palácio do Planalto, os 53 reitores das universidades federais que aderiram ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Dentre as instituições que participam do plano, está a UFMG, representada pelo reitor Ronaldo Tadêu Pena. O encontro contará, também, com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, e dos secretários Executivo, José Henrique Paim, e da Educação Superior, Ronaldo Mota. Esta é a quinta reunião dos dirigentes com o presidente. Na ocasião, serão apresentadas algumas propostas de políticas públicas, como o apoio do governo federal à assistência estudantil; a constituição de uma rede de rádios e TVs universitárias; e o programa de expansão da pós-graduação, valorizando também a inovação tecnológica. Recursos garantidos Pelo Reuni, a UFMG vai aumentar a oferta de cursos de graduação de 60 para 97 opções. Só no ano que vem serão criados 19 cursos. O número de vagas também deve crescer neste período, passando de 4.600 para 6.700. O orçamento para o investimento do Reuni na UFMG está previsto em R$ 95,3 milhões. Tal recurso, segundo o reitor da UFMG, não irá para reposição de vagas pendentes, mas para a expansão da Universidade. "O Reuni é um projeto colocado para a expansão, e não para o que já funcionava. Isso porém não deixa de ser uma preocupação que iremos colocar para o governo na reunião de hoje", completa Tadêu Pena. A UFMG iniciou sua reestruturação em 2008 com a oferta do curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis, na Escola de Belas Artes, e a expansão no curso de Engenharia Química, ambos no campus Pampulha. Mais informações sobre o Reuni na UFMG podem ser conferidas acessando o site www.ufmg.br/reuni. Previsões Com informações da assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC) e da Andifes.
Serão discutidas, também, a necessidade de implementação da autonomia universitária e o financiamento dos Hospitais Universitários. Segundo o professor Ronaldo Pena, a disposição dos demais reitores é positiva em relação ao Reuni. Afirma ainda que a verba do projeto já está garantida, mesmo com a não-renovação da CPMF, imposto que recaía sobre movimentações financeiras. "Não haverá corte no orçamento do Ministério da Educação devido à perda da contribuição", reitera o dirigente da Universidade.
Nos próximos cinco anos, a previsão é de que o número de matrículas nas federais chegue a mais de um milhão, um crescimento que gira em torno de 50%. Uma das metas é aumentar o número de alunos por professor, que deve chegar a 18 estudantes por docente. Para executar o Reuni, o governo federal vai investir, até 2012, R$ 2 bilhões para que as instituições promovam melhorias de infra-estrutura e qualidade de ensino.