A Diretoria de Ação Cultural (DAC) da UFMG acaba de contabilizar o número de oficinas de iniciação e de eventos artísticos propostos pela comunidade universitária para compor a programação da 40ª edição do Festival de Inverno, que este ano ocorre em Diamantina, no período de 13 a 26 de julho. Pelo menos 100 atividades foram encaminhadas à coordenação do órgão, durante o mês de março, com a abertura do edital de seleção destinado especificamente ao segmento universitário. O prazo encerrou-se ontem, dia 31. De acordo com o professor e diretor da DAC, Maurício Campomori, as propostas totalizam 66 eventos artísticos e 45 oficinas de iniciação nas áreas de artes cênicas, visuais I e II, literárias e musicais. Participaram do processo alunos, professores e funcionários da UFMG. “Nosso objetivo era ampliar a participação da comunidade no Festival e os dados finais demonstram, efetivamente, interesse, adesão e desejo de inserção no evento”, avalia o professor. Ele observa que a iniciativa integra política do setor de cultura da Universidade focada em alargar sua base de conceituação. “Queremos promover a democratização e abertura do Festival a novas leituras e públicos, assim como já ampliamos sua estrutura de representação, com a instituição de conselho curador em substituição à coordenação isolada de áreas”, acrescenta. Campomori explica que concretizar a idéia exige agregar contribuições. “Estamos abertos a novas informações culturais, mas como não é possível captar toda a produção de uma comunidade de 40 mil pessoas – como é o caso da UFMG –, procuramos criar oportunidades para que ela apresente suas propostas”, diz. Nesse aspecto, ele considera que a idéia-chave da linha de ação da área é abrir o acesso a espaços de expressão artística, em busca da diversidade. “Sem essa multiplicidade, faz-se arte acadêmica – que é fundamental, mas não cobre todas as possibilidades da vida cultural”, completa. Passos A programação do 40º Festival de Inverno da UFMG será divulgada no final de abril e apresentada oficialmente ao público e à imprensa em 28 de maio. Em junho serão abertas as inscrições. A meta da DAC é oferecer um total de 42 oficinas – sete por área – e pelo menos 28 eventos artísticos – ou dois a cada dia. O tema Arte essencial foi o escolhido para a edição deste ano. Conforme explica Campomori, ele sugere uma leitura crítica dos 40 anos do Festival e uma viagem às origens, “buscando o que é essencial na arte, mas também a essencialidade no dia-a-dia da vida contemporânea”, reflete. O professor lembra que em um mundo marcado pela objetividade, cabe à arte imprimir o caráter de humanidade na vida das coletividades. “Nossa proposta com o próximo evento é, portanto, buscar essa essencialidade na arte e da arte”, sintetiza. Demais informações podem ser obtidas no site da DAC: www.ufmg.br/cultura.
A próxima etapa do processo será realizar a avaliação e seleção das propostas apresentadas pela comunidade. O prazo encerra-se em 15 de abril e a análise está a cargo de integrantes do Conselho Curador do Festival. As atividades aprovadas vão compor a programação do evento ao lado de série de outras apresentações artísticas e oficinas de aperfeiçoamento e experimentação propostas pelos curadores. Compõem o Conselho coordenadores e subcoordenadores de todas as áreas do evento, além de sua coordenação geral.