A UFMG decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-deputado federal, Célio de Castro. Ele morreu aos 76 anos, na manhã de ontem, no Hospital Mater Dei, por falência múltipla dos órgãos. Detentor de um extenso currículo político, com ampla repercussão na área social, Célio de Castro foi eleito prefeito de Belo Horizonte, em 1997. Em 2000, foi reeleito para o mandato de 2001 a 2004. Célio de Castro formou-se pela Faculdade de Medicina da UFMG em 1958 e participou da implantação dos primeiros Centros de Tratamento Intensivo de Minas Gerais. Publicou inúmeros trabalhos e foi co-autor do livro "Emergências Médicas", incluído no currículo de todas as demais faculdades de Medicina do país e traduzido em vários idiomas. O corpo do ex-prefeito foi velado na Prefeitura de BH e o sepultamento aconteceu no início da tarde de hoje, no Cemitério Parque da Colina. A reitora em exercício da UFMG, professora Heloisa Starling, destacou o papel importante que o ex-prefeito desempenhou na luta pela liberdade e redemocratização do País. Sua competência como clínico também foi marcante, segundo Heloisa Starling, sobretudo devido à capacidade demonstrada por ele de compartilhar a dor do outro. A Faculdade de Medicina também decretou luto devido à morte de Célio de Castro. Ele foi premiado em 2000 com a Medalha de Honra da UFMG, que presta homenagem aos ex-alunos da instituição que se destacam por sua contribuição social relevante. A Medalha é um símbolo que manifesta o reconhecimento da instituição àqueles que nela concluíram seu curso de Graduação, Mestrado ou Doutorado, e cuja atuação e realizações na vida profissional merecem destaque. Sempre mantendo o seu trabalho como médico, participou intensamente das lutas políticas pelo fim da ditadura militar, a favor da anistia e pelas eleições diretas. Em 1992, foi eleito vice-prefeito, respondendo, no primeiro ano, também pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, e coordenou a Frente Nacional de Prefeitos até 2000. Em 2001, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, em novembro do mesmo ano, entrou em licença médica para tratamento de saúde.