A Copasa pretende terminar, até o ano que vem, a instalação de um interceptor de esgoto na UFMG. O objetivo é reter o esgoto químico e doméstico produzido pela universidade, encaminhando-o para uma estação de tratamento. O material é despejado no córrego Engenho Nogueira, que nasce no bairro Caiçara e é canalizado no trecho que atravessa o campus Pampulha. A obra começou em janeiro deste ano, mas foi interrompida com a chegada do período de chuvas. Além disso, todo o recurso previsto inicialmente foi insuficiente, sobretudo por dois motivos. O primeiro foi a descoberta de uma galeria não cadastrada que vem da região do Mineirão e chega ao campus Pampulha. A existência desta galeria, construída na década de 60, forçou o replanejamento da obra. O segundo motivo é a necessidade de reforçar com concreto parte de uma das galerias subterrâneas do campus. O reforço se dará numa extensão de 95 metros, iniciando-se numa caixa localizada nas proximidades do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e prosseguindo em direção à galeria que passa em frente ao Instituto de Ciências Exatas (Icex) e na avenida Mendes Pimentel. Segundo a Copasa, será necessária a realização de nova licitação para a conclusão das obras. A expectativa é de que os trabalhos possam ser retomados em março de 2009. Nessa ocasião, também será realizada a interligação dos prédios, garantindo que todo o esgoto das unidades seja direcionado para a estação de tratamento. A despoluição do córrego Engenho Nogueira tem impacto ambiental decisivo, uma vez que ele deságua no ribeirão do Onça, que é, depois do ribeirão Arrudas, o maior poluidor do rio das Velhas. A pró-reitora de Administração da UFMG, Ana Motta, acredita que a obra irá minimizar o mau-cheiro perceptível em alguns locais do campus. “Nesta época do ano, quando o fluxo de água é grande, não temos problema de mau-cheiro. Mas no período de seca, os canais subterrâneos do córrego Engenho Nogeira praticamente transportam esgoto”, explica ela. Alagamentos no campus Nos últimos anos, as fortes chuvas que caem sobre a Pampulha inundaram a avenida Mendes Pimentel várias vezes, provocando prejuízos à universidade e danos a veículos estacionados no local. A previsão é de que a barragem seja concluída no primeiro semestre de 2010.
Outra obra direcionada para o córrego Engenho Nogueira é a barragem de contenção do fluxo de água, que integra o Drenurbs, programa da Prefeitura de BH voltado para o saneamento ambiental de córregos. Conforme noticiado na edição do Boletim UFMG de 8 de dezembro, a obra deve pôr fim aos alagamentos que ocorrem no campus Pampulha por causa de chuvas.