Ex-reitores da UFMG terão um encontro esta tarde com o reitor Ronaldo Pena, no campus Pampulha. O objetivo é manifestar solidariedade à gestão atual da UFMG no que diz respeito ao tratamento dado pelo jornal Estado de Minas, em suas duas últimas edições, a decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) envolvendo as relações das universidades com suas fundações de apoio e a liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal à UFMG sobre a questão. O acórdão do TCU aponta irregularidades em contratos e convênios celebrados entre diversas instituições de ensino superior e suas respectivas fundações de apoio. No caso específico da UFMG, o Tribunal questiona principalmente a contratação da Fundep – Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa – para a gestão das obras dos projetos Campus 2000 e Campus 2010 e de outras iniciativas da Universidade. No último dia 2, o STF concedeu liminar parcial à UFMG em mandado de segurança – impetrado em 17 de dezembro – contra decisões do TCU. Ronaldo Pena e a vice-reitora Heloisa Starling vão receber os reitores José Henrique Santos (gestão 1982-1986), Cid Veloso (1986-1990), Francisco César de Sá Barreto (1998-2002) e Ana Lucia Gazzola (2202-2006). Em função de viagem ou problema de saúde, Aloísio Pimenta (1964-1967), Eduardo Osório Cisalpino (1974-1978) e Vanessa Guimarães Pinto (1990-1994) não poderão estar presentes, mas solicitaram formalmente a Cid Veloso que os representasse. Tomás Aroldo da Motta Santos (1994-1998) está na Europa e não chegou a ser contatado. “Todos nós, ex-reitores, nos sentimos atingidos porque lidamos com o mesmo problema, apenas em épocas e contextos diferentes. Mas sempre defendemos a existência das fundações de apoio, porque sem elas as universidades não funcionam adequadamente, sobretudo nas áreas de pesquisa e extensão", disse Cid Veloso. O encontro dos ex-reitores com Ronaldo Pena está marcado para 17h, no gabinete do reitor.
Segundo Cid Veloso, a visita de solidariedade não é motivada pelas decisões do TCU. Segundo Veloso, este é apenas um capítulo de uma história antiga e mais ampla, e não há razão para que o enfoque recaia particularmente sobre o reitor e a Fundep. Ele considera que o acórdão do TCU “é assunto para notícia, mas não da maneira como alguns têm abordado”.