Universidade Federal de Minas Gerais

Arquivo Paulo Iscold
hangar lafaiete.jpg
Hangar do Centro de Estudos Aeronáuticos, em Conselheiro Lafaiete

Engenharia Aeroespacial: curso novo, mas com tradição

sábado, 31 de janeiro de 2009, às 14h05

O curso de Engenharia Aeroespacial é novo, mas tradição nesse assunto a UFMG tem de sobra. Há 40 anos, a Universidade mantém o Centro de Estudos Aeronáuticos (CEA), que oferecia uma habilitação vinculada ao curso de Engenharia Mecânica. Nos últimos anos, a área cresceu na UFMG e agora, graças ao Reuni, ganha vida própria, com o acréscimo pioneiro da astronáutica, que será implementada gradativamente no novo curso.

Ao longo de cinco anos de formação, os alunos vão aprender a elaborar projetos de aeronaves e veículos espaciais, fazer a manutenção deles, operar linhas aéreas e monitorar satélites, entre outras habilidades.

Para isso, o curso de Engenharia Aeroespacial vai contar com a infraestrutura do CEA, que inclui laboratórios na Escola de Engenharia, no campus Pampulha, e um hangar em Conselheiro Lafaiete, a 100 quilômetros da capital, onde ficam os cinco aviões construídos pelo centro.

Um dos laboratórios é o de Ensaios de Operações em Voo, em Lafaiete. A cidade foi escolhida por ser próxima de Belo Horizonte, mas fora do raio de 100 quilômetros dentro do qual o controle de tráfego aéreo da capital limita os experimentos com voos. O hangar fica ao lado do aeroporto municipal de Conselheiro Lafaiete, que tem sua pista usada pelo CEA. Além disso, a área é pouco habitada, o que reduz o risco de acidentes.

Antes, os ensaios eram feitos no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, mas o aumentou dos voos comerciais no local tornou os experimentos inviáveis. A região do Aeroporto da Pampulha não é adequada para os testes por ser densamente habitada.

Outras duas cidades próximas a Belo Horizonte, Divinópolis e Pará de Minas, poderiam abrigar o hangar, mas nessas localidades os custos de implantação da estrutura seriam mais elevados. Em Lafaiete, eles giraram em torno
de R$ 700 mil.

Raio X

Vagas: 50 em duas entradas anuais
Modalidade: bacharelado
Turno: diurno
Duração do curso: 5 anos
Mercado de trabalho: fabricantes e empresas de manutenção e revisão de aeronaves; empresas de transporte aéreo; institutos de pesquisas.