O Conselho de Administração do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec) anunciou a data para a conclusão de mais uma fase do projeto: a entrega do prédio institucional, que vai abrigar a estrutura administrativa e parte das empresas que venham a se instalar no parque. A previsão é de que a edificação esteja pronta no primeiro trimestre de 2010. A data foi informada durante reunião nesta sexta-feira, 6 de fevereiro, entre os parceiros públicos do empreendimento – UFMG, Governo do Estado e Prefeitura de Belo Horizonte. Segundo o diretor-presidente do BH-Tec, professor Clélio Campolina, da UFMG, a expectativa do Conselho é que, na inauguração do prédio, empresas também iniciem suas atividades. “Já estamos recebendo consultas de empresas, principalmente nas áreas de tecnologia da informação e biotecnologia, mas até o momento não recebemos propostas formais, até porque é prudente aguardarmos a conclusão das obras de infraestrutura”, explica Campolina. O prédio institucional do BH-Tec terá 8,5 mil metros quadrados de área construída. Desse total, explica o diretor-presidente do parque, cerca de 500 metros quadrados serão usados para abrigar o núcleo administrativo do BH-Tec. O restante será reservado para empresas que poderão se estabelecer no local. No total, o BH-Tec ocupará uma área de 535 mil metros quadrados, cedida pela UFMG nas imediações do campus Pampulha. Desta área, 185 mil metros quadrados serão destinados a edificações de empresas especializadas no desenvolvimento de novas tecnologiase e de laboratórios de pesquisa de instituições públicas e privadas, e a serviços de apoio às atividades tecnológicas. Os demais 350 mil metros quadrados de área nativa serão preservados. Investimentos Desenvolvimento Ainda segundo o secretário, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) tem tradição na produção de conhecimento. “Quarenta por cento da produção no segmento de biotecnologia no Brasil é realizada na RMBH. Nosso futuro é ser uma cidade tecnológica, um projeto acoplado à formação de pessoas, à produção de conhecimento, geração de renda e transformação social”. A perspectiva de transformar conhecimento em tecnologia, por meio de parques tecnológicos como o BH-Tec, é uma forma de enfrentar momentos de crises econômicas. Esta é a opinião do secretário-adjunto de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, professor Evaldo Vilela, também presente à reunião. “Por meio da produção de conhecimento de ponta e da sua transformação em tecnologia e transferência para o setor produtivo, o Brasil – e em especial Minas Gerais – poderá deixar de ser um exportador basicamente de commodities”, ele disse. A parceria estabelecida entre UFMG, Governo de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte, Fiemg e Sebrae é definida pelo diretor-presidente Clélio Campolina como a concretização de um empreendimento de natureza republicana. “O BH-Tec não é um espaço da UFMG, mas um empreendimento de interesse público em parceria com a iniciativa privada e governos, e está totalmente aberto a outras instituições de ensino superior”, afirmou Campolina. (Assessoria de Imprensa da UFMG) Filipe Chaves
Os recursos para as obras de edificação, cerca de R$ 20 milhões, são provenientes do Governo do Estado de Minas Gerais, que gerencia o processo de licitação para essa finalidade. O valor inicialmente liberado era de R$ 20,4 milhões, mas o processo de licitação conseguiu reduzir o custo da obra para R$ 17 milhões. Já as obras de infraestrutura, com recursos também de R$ 20 milhões, estão a cargo da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
De acordo com o secretário municipal de Planejamento de Belo Horizonte, Helvécio Miranda Magalhães, que participou da reunião, o BH-Tec é absolutamente estratégico para o prefeito Márcio Lacerda. “O parque é a ponta-de-lança de um processo de virada para a cidade. Para o município, é absolutamente estratégico. É uma prioridade do prefeito”, ratificou Magalhães.
Obra no BH-Tec: empresas devem iniciar atividades logo após inauguração do prédio institucional, em 2010