Na manha de sexta-feira, 13 de fevereiro, a reportagem do jornal Estado de Minas entrou em contato, por telefone, com o Centro de Comunicação da UFMG com a solicitação de respostas para uma série de indagações destinadas à Administração Central e aos professores da Universidade Maria Lúcia Malard, da Escola de Arquitetura, e Júlio César Jeha, da Faculdade de Letras. O prazo, estipulado para o encaminhamento das respostas foi de 24 horas. O teor ofensivo e subjetivo, que certamente não busca oferecer esclarecimento à opinião pública, motivou nossa decisão de não responder pontualmente às perguntas, que não serão divulgadas pela Universidade por ferirem a honra e a probidade de membros desta comunidade. A Administração Central encaminhou nota ao jornal na qual comunica sua decisão. A resposta foi encaminhada para a redação do Estado de Minas no dia 14 de fevereiro, ao meio dia, por correio eletrônico. A postura adotada pelo jornal Estado de Minas para com a Universidade Federal de Minas Gerais, bem como para com integrantes de sua comunidade, vem sendo inadequada, ao apresentar denúncias vazias e sem comprovação em reportagens publicadas a partir de janeiro deste ano. Repetidamente o veículo distorceu informações, fazendo uso de denúncias anônimas que, infelizmente, têm partido de integrantes desta comunidade. Os denunciantes se escondem no anonimato e têm municiado o jornal de dados e denúncias falaciosos, como se percebe a partir do conteúdo da mensagem encaminhada por jornalista do Estado de Minas a integrante da comunidade universitária. “Estou preparando uma reportagem sobre favorecimento, inclusive nepotismo, na UFMG. Trata-se de sequência de reportagem publicada no último dia 02 (domingo). Gostaria de contar com a sua colaboração, que, se preferir, a exemplo de vários professores e servidores da UFMG que me ajudaram, será integralmente off records, ou seja, seu nome nem qualquer qualificação que possa identificá-lo serão publicadas ou citadas em conversas com outras fontes de informação.” Por princípio e por vedação constitucional, a Universidade não reconhece denúncias anônimas. A Comunidade da UFMG não admite este tipo de conduta de seus membros. As instâncias competentes desta Instituição cumprem o dever de apurar denúncias que são levadas ao seu conhecimento, assegurando, sempre, o contraditório e a ampla defesa. Esta Universidade reconhece a importância do papel da imprensa na construção de uma sociedade republicana, democrática, igualitária e justa, entretanto lamenta a postura e a conduta deste jornal. A Universidade, ainda que vitimada por uma campanha difamatória, reitera o seu compromisso com a transparência e com a verdade e reafirma a disposição de atender os veículos de imprensa por considerar de extrema relevância o papel dos mesmos na sociedade brasileira, permitindo que a mesma exerça de forma responsável controle social sobre as instituições públicas. Ronaldo Tadêu Pena Heloisa Maria Murgel Starling
(trecho extraído da mensagem encaminhada pelo endereço eletrônico bernardino.carvalho@uai.com.br)
Reitor
Vice-reitora