DCE debate fundações privadas

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) realizou, na tarde de hoje, a segunda palestra da série de debates que faz parte da programação especial de recepção aos calouros. “A UFMG e as fundações privadas” foi o tema debatido pela estudante de Letras, Glória Trogo, representante do DCE, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher e o diretor para Assuntos Estudantis da UFMG, Seme Gebara Neto.

O debate aconteceu no auditório Francisco Bicalho, na Fafich, e reuniu um público de aproximadamente 50 estudantes. O acórdão 2.731/2008 do TCU, que levanta possíveis irregularidades na relação das universidades federais com suas fundações de apoio serviu de ponto central para a palestra. A UFMG, que chegou a ser incluída na lista, foi a única instituição que tomou providências imediatas.

Transparência
A Universidade interpôs no STF o mandado de segurança 27.799-8, reivindicando que o levantamento referente à UFMG seja revisto. “O acórdão foi questionado pela universidade porque ela não foi ouvida e não pôde prestar os esclarecimentos. Está sendo feito um relatório pormenorizado que será encaminhado ao TCU”, antecipou Seme Gebara.

Ele avalia que não se pode permitir que o modelo de gerenciamento e financiamento da pesquisa e da extensão termine de forma abrupta. “Isso causaria prejuízos inimagináveis para a pesquisa científica da UFMG e consequentemente do Brasil”.

A representante do DCE, Glória Trogo, destacou que o diretório estudantil tem dois objetivos. A abertura detalhada de todas as contas da Fundep é uma delas. A outra consiste na formação de uma comissão paritária, formada por professores, funcionários e estudantes para apurar possíveis irregularidades. “Não podemos ficar parados esperando o resultado das investigações do TCU, que pode demorar vários meses. A comunidade acadêmica tem que ter papel ativo nesta situação”.

Seme ponderou que é fácil se falar conceitualmente sobre a relação entre as universidades e as fundações, assim como é mais fácil ainda cruzar os braços. “A gente vai pelo caminho de procurar agir, mas da forma mais correta possível. O que nós repudiamos são acusações infundadas de má versação do dinheiro público”.

Outros debates
Amanhã, dia 12, o debate será sobre o tema “Opressão contra minorias”, às 12h30, no auditório Francisco Bicalho da Fafich. “A crise econômica” será o tema da sexta-feira, 13, e acontecerá na Praça de Serviços, a partir de 11h30.

No dia 18, o reitor da UFMG, professor Ronaldo Tadêu Pena, receberá os estudantes em uma audiência pública sobre a relação das universidades federais e suas fundações de apoio, para esclarecer ainda mais a questão. O encontro será às 9h, no Auditório da Reitoria. Confira nota publicada neste sítio, que anuncia a audiência pública.