Universidade Federal de Minas Gerais

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Para Ronaldo Pena a ideia do MEC é interessante, porém deve ser aperfeiçoada

Reitor fala sobre nova proposta do MEC para o vestibular (republicada)

quarta-feira, 8 de abril de 2009, às 17h32

A proposta de mudanças na seleção para entrada nas universidades federais, apresentada pelo MEC durante reunião com integrantes do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, foi tema da entrevista concedida hoje pelo reitor da UFMG, Ronaldo Tadêu Pena.

Ele esteve na segunda e terça-feira, dias 6 e 7 de abril, em reunião com os demais reitores que fazem parte do Conselho Pleno da Andifes. A discussão girou em torno da proposta do MEC de mudança do processo seletivo para entrada nas universidades federais. Também estiveram presentes o ministro da Educação, Fernando Haddad, a secretária Maria Paula Dallari (SESu/MEC) e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) Reynaldo Fernandes.

Ronaldo Tadêu Pena falou, no início da tarde de hoje, dia 8, em entrevista concedida no gabinete da Reitoria da UFMG, sobre o posicionamento da Universidade, da Andifes e do MEC com relação às questões apontadas durante a reunião.

Qual a posição da UFMG a respeito da proposta de mudança do vestibular feita pelo MEC?

Reitor Ronaldo Tadêu Pena: Para a Universidade fazer uma análise decisiva e definitiva, ela precisa ter acesso ao documento do MEC que contém a proposta de alteração do vestibular. Essa é uma decisão que tem que passar pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e que vai ser estudada. Imagino que, pelo menos esse ano, a UFMG não será afetada, portanto as mudanças não atingirão o vestibular de 2010.

Uma mudança no processo seletivo deve ser feita com muito cuidado, porque são 70 mil candidatos que tentam anualmente o vestibular. E a UFMG, em início de junho, já tem que publicar o edital do concurso. Restaria à Universidade apenas um mês e meio para resolver e publicar tudo.

Alguns reitores apresentaram preocupações com a possibilidade de migrações de estudantes de áreas mais concentradas, mais ricas, para áreas mais pobres, onde o índice de educação é desfavorável. O senhor acredita que isso possa acontecer?

Essa mobilidade pode sim existir e até ser positiva. Porém, uma mobilidade que se torna predadora de vagas é negativa. Essa é uma das questões que me preocupa especialmente, porque hoje a UFMG adota o modelo de seleção em que o candidato faz a opção pelo curso antes da seleção.

A idéia de aproveitar o Enem só seria praticada pela UFMG se a definição pelo curso permanecesse sendo feita antes. Isso é necessário porque cursos menos procurados, com médias naturalmente mais baixas, passariam a ser ocupados pelos excedentes dos cursos mais procurados. Com a nota em mãos o candidato pode ver em que opção conseguiria ser aprovado, acabando por ocupar a vaga de uma pessoa que realmente tinha vocação para o curso.

Outra preocupação apresentada pelos reitores na reunião foi referente à segurança da prova. Como o MEC se posicionou frente a isso?

O MEC diz que tem tecnologia e competência para manter a prova segura. Há essa preocupação, porque o vestibular local já trabalha com uma operação muito grande voltada para a segurança e a prova. Ocorrendo nacionalmente, aumenta a dificuldade em manter o sigilo. Acredito que até é possível fazer a prova com segurança, mas o controle ficará bem mais difícil.

O que já foi definido com relação à Comissão de Governança que vai atuar junto ao MEC na elaboração do novo processo seletivo?

A Andifes é dividida em regionais. Então foi definido que a comissão irá contar com um reitor de cada região do país. A participação dessa comissão na elaboração da proposta do MEC ainda é muito embrionária. Ainda não ficaram claras as atribuições do grupo. Isso ocorrerá somente quando forem definidas em portaria assinada pelo ministro Fernando Haddad.

O ministro afirmou que o governo federal repassaria mais recursos às Universidades que aderissem ao programa. Como e por que haveria esse repasse?

O ministro, corretamente, avalia que um processo como esse aumentará a inclusão. Se há um aumento da inclusão, consequentemente há a entrada de mais alunos carentes na universidade e são necessários mais recursos para a assistência estudantil. Ele se comprometeu com isso. As instituições que entrarem no programa supostamente terão mais estudantes com necessidades, demandando mais recursos para garantir assistência a eles.

O MEC julga que a alteração no sistema de seleção refletiria em mudanças positivas no Ensino Médio brasileiro. Como seriam essas mudanças? Qual é a sua opinião sobre isso?

Essa é uma das razões do projeto do MEC. O ensino superior e a forma de ingresso nesse ensino superior pautam o Ensino Médio. Essa é inclusive uma preocupação da UFMG: trabalhar programas e provas que venham a refletir no Ensino Médio e no Ensino Fundamental, como um todo.

A partir de uma prova nacional bem feita - e o Enem é uma prova bem feita - que vai ser expandida, a previsão é de que o resultado represente melhorias para a Educação Básica do país todo, o que eu acho muito positivo. A ideia é muito interessante, porém deve ser aperfeiçoada, e o ministro se diz aberto a mudanças.

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