Com artesãos de 23 munícipios do Vale do Jequitinhonha, a 10ª Feira de Artesanato da região permanece aberta até este sábado, na Praça de Serviços, no campus Pampulha da UFMG - avenida Antônio Carlos, 6627. O evento é promovido anualmente com o objetivo de divulgar e fortalecer uma das mais tradicionais ocupações do Vale. Para os artesãos, representa uma oportunidade de ampliar o comércio de peças e produtos. “É uma ótima forma de complementar a renda familiar”, ressalta Dona Duquinha, experiente bordadeira da região. Já os visitantes podem apreciar e adquirir trabalhos em argila, bambu, cerâmica, couro, madeira, palha e papel, além de bordados, artigos de cestaria e tapeçaria, pinturas, licores, cachaças e produtos alimentícios. “É também um espaço para a troca de experiências entre a comunidade acadêmica da UFMG, os artesãos e o público em geral”, afirma Terezinha Furiati, produtora cultural da Diretoria de Ação Cultural (DAC) da UFMG e uma das organizadoras do evento. O evento é aberto ao público. Saiba mais no endereço: www.ufmg.br/polojequitinhonha. Confira imagens feitas pelo fotógrafo Filipe Chaves:Para o ceramista Ulisses Mendes, do município de Itinga, a Feira é uma oportunidade para fazer crítica social. Uma de suas peças que estará exposta se chama Viúvas dos maridos vivos, alusiva à difícil situação das mulheres do Vale, que esperam durante anos o retorno dos maridos que partiram em busca de trabalho. “A minha arte tem a preocupação de mostrar a realidade sofrida do povo”, explica Ulisses.