Simpósio internacional debate o transtorno bipolar na Faculdade de Medicina

Alguns dos mais reconhecidos pesquisadores do mundo na área do transtorno afetivo bipolar vão debater o tema em evento na Faculdade de Medicina, nos dias 29 e 30 de maio, sábado. O V Simpósio Internacional Diálogos entre a Clínica e as Neurociências deverá receber cerca de 500 psicólogos, educadores, fonoaudiólogos, médicos e outros profissionais interessados nas cerca de trinta diferentes abordagens que serão oferecidas nos dois dias.

O evento é realizado em conjunto pelo Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG (MPS), Associação Mineira de Psiquiatria e Associação Mineira para o Estudo e a Prevenção do Suicídio.

Durante o simpósio, pesquisadores brasileiros e estrangeiros vão se reunir para tentar estabelecer um protocolo de pesquisa único, capaz de unificar resultados e esforços. A neurociência é o estudo da mente e do cérebro a partir das perspectivas das várias ciências.

O evento vai trazer a Belo Horizonte nomes como Frank Bellivier e Jean Paul Macher (França), Jorge Alberto Costa e Silva e Maria Oquendo (EUA), Ângela Scippa (UFBA) Elie Cheniaux (UFRJ), Flávio Kapczinski (UFRGS) e Valentim Gentil Filho (USP).

O transtorno
Doença muito comum, conhecida até bem pouco tempo atrás como psicose maníaco-depressiva, o transtorno bipolar tem incidência de sinais e sintomas na população estimada entre 1,5% e 7%. Além de seu grande poder incapacitante para o trabalho, ela é a sexta causa de suicídios. Apesar disso, ainda é pouco conhecida pela comunidade cientifica internacional.

Estudos recentes demonstram a tendência de que o transtorno seja hereditário. Na Faculdade de Medicina da UFMG já existem trabalhos nesse sentido, um deles premiado recentemente em evento internacional.

A pessoa diagnosticada como bipolar vivencia mudanças extremas de humor, que vão de depressão profunda a euforia. A doença pode se manifestar inicialmente tanto por uma fase quanto pela outra, lentamente, ou de repente. O número de vezes e a duração de cada crise são variáveis. Há também os quadros em que as duas fases ocorrem concomitantemente, o que pode confundir os médicos. Para se ter uma idéia da implicação da importância desse diagnóstico, a depressão do bipolar é igual á do tipo clássico, mas o tratamento é diferente. Em casos mais graves, a doença se confunde também com a esquizofrenia.

Inscrições
As inscrições para o simpósio podem ser feitas até o dia 28 de maio podem ser feitas na página da Fundep (http://www.fundep.ufmg.br/cursos/mostraturma.asp?turma=4357**1*1/09) ou pessoalmente, no Conservatório UFMG (avenida Afonso Pena, 1.534, Centro de Belo Horizonte) e na sede da Fundação (avenida Antônio Carlos, 6.627, campus Pampulha da UFMG).

Mais informações pelos telefones (31) 3409-4220 e 3409-9645. A programação do evento pode ser consultada com um clique aqui.