UFMG lança rede para aprimorar prática docente

Cerca de 70 docentes participaram na tarde desta quinta, dia 25, no Auditório Azul da Escola de Ciência da Informação, da apresentação das principais diretrizes da Rede de Desenvolvimento de Práticas de Ensino Superior (GIZ), da UFMG. Trata-se de programa destinado ao aprimoramento das metodologias, com uso de novas tecnologias e estímulo à reflexão contínua da prática docente.

O GIZ surgiu na esteira do Reuni, que desenha um novo cenário para o ensino superior brasileiro caracterizado pela expansão de vagas e possibilidade de repensar as atividades didáticas. Estudantes e servidores também participaram do evento, transmitido em videoconferência para o Instituto de Ciências Agrárias, em Montes Claros.

Aspiração
O reitor Ronaldo Pena abriu o evento abordando a importância do Reuni, que, em sua opinião, é uma resposta à aspiração histórica de mais vagas na universidade pública brasileira. “Ministro uma disciplina no curso noturno de Engenharia de Controle e Automação e fico satisfeito ao ver que mais da metade da sala é composta por estudantes que trabalham durante o dia. Sem o Reuni, eles não teriam oportunidade de estar aqui”, relatou o reitor.

Ronaldo Pena considerou que, por ser um projeto ousado, fatalmente haverá contratempos e dificuldades. Entretando, ele acredita que a UFMG está à altura do desafio e exemplifica com o GIZ. “A novidade é um dos motores desta Universidade. O Reuni aqui se transformou na possibilidade de pensarmos e aplicarmos novas tecnologias na transmissão de conhecimento”, disse.

Na mesma linha, Mauro Braga, pró-reitor de Graduação, considerou que o momento é de mudança de paradigmas. “Para desenvolver, é preciso modificar, adaptar-se ao tempo. Assim como o uso do livro nas universidades foi revolucionário em uma época, agora podemos dar um salto qualitativo com a implementação de novas tecnologias no ensino. O Reuni permite isso”, argumentou ele.

Apresentação
O GIZ foi proposto pela Assessoria Pedagógica do Reuni, coordenada pela professora Juliane Corrêa, da Faculdade de Educação. Segundo ela, o trabalho é desenvolvido levando em conta o contexto educativo e as demandas específicas de cada docente e da cultura de cada área. Ela afirmou também que as propostas são apresentadas após um rígido processo investigativo.

Entre as ideias trabalhadas no GIZ está o portfólio digital, no qual os alunos arquivariam toda a sua produção, permitindo uma avaliação contínua e cumulativa do seu percurso de formação. A experiência está sendo aplicada em 11 cursos. Houve apresentações específicas de ações nos cursos de Ciência de Alimentos, Engenharia Ambiental, Conservação e Restauração de Bens Móveis, Música e Matemática.

Saiba mais sobre o trabalho da Assessoria Pedagógica do Reuni em reportagem do Boletim UFMG de 17 de novembro de 2008. Conheça também outras propostas do GIZ em notícia publicada no portal da Universidade. Outras informações estão no site www.ufmg.br/giz.

Juliane Corrêa, coordenadora da Assessoria Pedagógica do Reuni, apresenta o GIZ para docentes da UFMG