Sempre que se instala na cidade, o Festival de Inverno da UFMG muda a rotina de grande parte dos diamantinenses. Muitos assistem aos espetáculos e participam das oficinas, como é o caso de Maria Célia Cavalcanti, 63 anos, que, em outra edição, participou de uma oficina de artes plásticas. “Gostei muito e sempre que é possível vou a algum evento. Gosto muito das peças de teatro e das apresentações musicais”, conta. Além de mobilizar a população local, o Festival promove expressiva "migração" de pessoas de diversas cidades para Diamantina. É o caso de Evandro Passos, 39 anos, ex-professor da Escola de Educação física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG e, atualmente, professor de dança afro-brasileira do Uni-BH. Passos mora em Belo Horizonte e chegou à cidade para ministrar uma oficina. Já o estudante do Teatro Universitário da UFMG Jonas Filho, 28 anos, participa do evento pela primeira vez e vai apresentar uma peça de teatro. Ele acredita que o Festival leva à cidade uma maior possibilidade de diálogo. “Esse é o principal impacto do evento”, comenta Jonas. Ethel Braga, 20 anos, estudante de Comunicação Social da UFMG, concorda. “O Festival é uma das poucas oportunidades que as pessoas têm de entrar em contato com grandes artistas e trocar experiências com outras pessoas que possuem o mesmo interesse”, diz. Economia O “aquecimento” desse segmento, aliás, é visível na cidade. A pousada onde trabalha Antônio Luiz Nascimento, 31 anos, fica lotada até o final do Festival. Rosângela Aparecida Leal, 40 anos, trabalha em uma loja de artesanato e diz que o movimento ajuda nas vendas. Também para Amália de Carvalho, 49 anos, dona de uma lanchonete, o impacto do Festival é relevante. E é possível perceber nas ruas o que as pessoas relatam: desde segunda-feira, dia 20, o movimento em Diamantina cresce a cada dia.
O comerciante diamantinense Gerri de Maio Faustino, 25 anos, possui opinião semelhante. “Há poucos eventos em Diamantina que unem a cidade e trazem pessoas de fora. O Festival dá essa oportunidade. Traz muito movimento, conhecimento e cultura, além do beneficio econômico”, afirma.
Eventos como o cordão de noivas pelas ruas têm atraído a participação do público no evento