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No futuro, será possível substituir cobaias por modelos simulados em computador em experimentos científicos. A afirmação é do professor David Landau, da Universidade da Georgia, que nesta quinta-feira, dia 6, faz na UFMG palestra que abordará o uso de simulações por computador na pesquisa científica. De acordo com Landau, a simulação de organismos complexos via computador ainda está em estágio inicial, mas é uma meta dos pesquisadores da área que pode se concretizar no futuro. “Já conseguimos simular o comportamento de proteínas”, diz. Ele explica que há dois desafios a serem superados para que se consiga simular organismos vivos no computador. “O primeiro deles é tentar entender como construir modelos e quais técnicas usar para isso. O outro é conseguir desenvolver computadores mais potentes. Nós já temos computadores nos Estados Unidos que podem processar milhões de informações por segundo. Os japoneses têm um projeto de um super computador que poderá ser dez vezes mais rápido que isso. Por causa disso, acredito que haverá importantes mudanças no futuro”. Apesar de ainda precisar ser aprimorada neste aspecto, a simulação por computador, que pode ser usada em diversas áreas do conhecimento, como física, nanotecnologia e biologia, já revolucionou a maneira como se faz ciência, segundo Landau. “Hoje é possível reproduzir em computadores sistemas que não podem ser simulados em laboratório e, a partir disso, extrair uma série de informações que podem ser aplicadas no estudo dos sistemas reais. Anos atrás, isso seria impossível”, compara. A palestra de David Landau, cujo tema será Explorando as novas fronteiras da ciência com simulação computacional, será nesta quinta-feira, 6, às 14h, no auditório III do Instituto de Ciências Exatas (ICEx).