A UFMG está entre os 24 finalistas do Prêmio Tecnologia Social Edição-2009, organizado pela Fundação Banco do Brasil. O projeto A Célula ao Alcance da Mão, desenvolvido pelo Museu de Ciências Morfológicas do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), é um dos três selecionados na categoria Região Sudeste.
Outro projeto finalista, na Categoria Direitos da Criança e do Adolescente e Protagonismo Juvenil, é a experiência Comunicação participativa juvenil para o desenvolvimento comunitário, da Associação Imagem Comunitária, que conta com a parceria da UFMG.
No dia 24 de novembro será realizada, em Brasília, a solenidade de premiação das finalistas e reveladas as oito vencedoras. Cada uma receberá R$ 50 mil, destinados exclusivamente a atividade de expansão, aperfeiçoamento ou reaplicação da tecnologia.
Em 2009, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social recebeu 695 inscrições, das quais 114 foram certificadas, segundo os critérios de reaplicabilidade, efetividade da transformação social e interação com a comunidade. Desse total, 39 tecnologias sociais foram certificadas na área de educação, 20 relacionadas à geração de renda, 16 ao meio ambiente e 15 à saúde. Alimentação gerou 6 certificações, água 14 e habitação 4. Não houve tecnologias certificadas relacionadas ao tema energia.
A célula ao alcance da mão
O projeto é uma iniciativa do Museu de Ciências Morfológicas do ICB e faz parte de sua política de inclusão. É uma coleção de, aproximadamente, 70 peças tridimensionais em gesso, que reproduzem as células, organelas celulares, vários tipos de tecidos, bem como os órgãos e sistemas orgânicos do corpo humano.
As primeiras peças foram produzidas em 1989, para permitir que um aluno deficiente visual, do ICB, pudesse acompanhar as aulas práticas. "O ensino da morfologia exige material pedagógico de forte apelo visual", diz Maria das Graças Ribeiro, diretora do Museu. A coleção, feita em colaboração com os próprios deficientes, foi submetida à avaliação dos mesmos, que davam sugestões sobre como melhor representá-las. Algumas são réplicas em tamanho natural, mas outras são representadas em proporções bastante aumentadas. As peças despertam a atenção também dos videntes, possibilitando uma perfeita integração entre deficientes visuais, pessoas com subvisão e as dotadas de visão integral. Propriedade intelectual da UFMG, o projeto está registrado no escritório de direitos autorais da Biblioteca Nacional.
Associação Imagem Comunitária
Ação de apoio e fortalecimento da comunicação social de grupos comunitários, desenvolvido pela Associação Imagem Comunitária, que conta com a parceria da UFMG desde 2002. A Associação surgiu em 1993, em Belo Horizonte, com um grupo de jovens estudantes e profissionais ligados às áreas de comunicação e cidadania. Desde aquela época foram desenvolvidas uma série de ações pela cidadania dos mais variados grupos, especialmente das pessoas em situação de exclusão social e simbólica. O projeto Rede Jovem de Cidadania,entre as ações da AIC, abrange processos de produção em mídias comunitárias, no sentido de promover os direitos humanos e a utilização cidadã das tecnologias de comunicação e expressão.
O projeto mobiliza cerca de 250 entidades ligadas à juventude, na capital, para produzir programas veiculados em vários meios de comunicação e transmitidos para todo o estado. Dentre os veículos, está a Rádio UFMG Educativa que transmite produções da Rede às terças, 22h, com reprise aos domingos, às 23h.
(Assessoria de Imprensa da UFMG)
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