Surpreso com o que acabara de ver, Yuri, 12 anos, convida seus colegas, da Escola Municipal Hugo Werneck, a olharem fixamente para um ponto verde no centro de uma bandeira brasileira, pintada em tons de roxo e rosa. Logo depois, ele pede aos amigos que desviem seus olhares para a lona branca que delimita o vagão. Perplexos, os meninos novamente veem diante deles a bandeira, mas agora em suas cores originais. Atentos, ouvem a explicação do monitor e ficam sabendo que o cérebro, para tentar balancear a saturação de uma determinada cor na retina, projeta o seu inverso. Assim, o rosa vira verde e o roxo, amarelo. Essas e muitas outras brincadeiras, experimentos e oficinas - todas acompanhadas de explicações científicas – despertaram a curiosidade dos mais de 400 alunos do ensino básico que visitaram, na manhã desta terça-feira, dia 20, os sete vagões do projeto Esse Trem Chamado Ciência, que começou hoje nas Estações Vilarinho, Santa Inês, São Gabriel e Gameleira. A professora Joana Loduca levou os alunos da Escola Hugo Werneck, que fica na Vila Morro das Pedras. Muitos deles, diz ela, jamais saíram do local. “Essa é uma experiência muito rica para eles. Temos que disponibilizar o conhecimento”, defendeu. Durante a visita, a própria professora se rendeu às brincadeiras e decidiu cruzar a ponte em arco catenário, uma forma de construção antiga que permite a sustentação sem a necessidade de colunas. “Tá vendo? Até caminhão passa”, brincava ela com seus alunos, que, ainda um pouco receosos, faziam fila para atravessar a estrutura. O projeto Esse Trem Chamado Ciência está sendo realizado pelo Centro de Difusão da Ciência, da UFMG, e faz parte da VI Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, iniciativa do Governo Federal que promove ações de popularização do conhecimento científico em todo o país. O evento, gratuito, movimentará as estações do metrô de Belo Horizonte até o próximo sábado, dia 24. Veja a programação completa da Semana na página do evento. (Assessoria de Comunicação do Centro de Difusão da Ciência)