Diogo Domingues |
Determinar a prevalência da infecção pelo HPV em pacientes portadoras de diversos graus de lesões do colo uterino é o objetivo do projeto de iniciação científica Correlação da infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) na patogênese do câncer cervical, desenvolvido pela estudante Keila Alves da Silva, do 5º período de Ciências Biológicas, com orientação da professora Annamaria Ravara Vago. De acordo com informações do projeto, o câncer cervical é uma das neoplasias mais comuns em todo o mundo e uma das principais causas anuais de mortes, especialmente em mulheres provenientes de países em desenvolvimento. Diversos trabalhos apontam o envolvimento direto do HPV no desenvolvimento do câncer cervical. Cerca de 105 diferentes tipos de HPV já foram identificados e classificados como de baixo e alto risco, de acordo com seu potencial oncogênico, sendo os últimos mais relacionados ao desencadeamento de uma lesão cervical. O trabalho de Keila é realizado por meio da análise de amostras de tecido do colo do útero coletadas em 126 mulheres que fizeram o exame de rotina (Papanicolau) no PAM Sagrada Família. Segundo a estudante, os resultados já obtidos confirmam o que a literatura aponta, ou seja, há uma forte associação entre os HPV's de alto risco e o desenvolvimento do câncer de útero. “O HPV 16, de alto risco, é um dos mais encontrados nessas lesões de câncer”, assinala. Keila salienta que, quando a lesão é identificada em fase inicial, o tratamento é mais fácil. “O melhor a fazer é ir ao ginecologista periodicamente para fazer o exame e, se necessário, o tratamento. Também é importante o uso da camisinha nas relações sexuais, o que ajuda a prevenir o contágio pelo vírus”, orienta. “O HPV não é um vírus que necessariamente vai levar ao câncer, mas os de alto risco são bastante perigosos quanto a isso”, ressalta a estudante.