Por que os cabelos têm pontas duplas? Por que os homens têm barba? O que causa a celulite e a estria? Responder a essas e outras questões – todas relacionadas ao cabelo, à pele e à unha – é o objetivo do vagão A Ciência no Salão de Beleza, que integra o projeto Esse trem chamado ciência, na estação Vilarinho – parte da Semana de Conhecimento e Cultura da UFMG. Segundo Mônica Meyer, professora da Faculdade de Educação e coordenadora do estande, o objetivo é mostrar como a ciência está presente em todos os segmentos da vida cotidiana, inclusive na estética. “Quando o assunto é pele, unha e cabelo, muitas pessoas dão atenção. Mas poucas conhecem essas estruturas”, diz Mônica. Depois de conhecerem um pouco mais sobre a ciência que permeia a beleza, os estudantes têm a chance de experienciá-la na prática, maquiando-se, fazendo as unhas ou cortando o cabelo. “Assim, procuramos mostrar também que os cabelos, por exemplo, não servem unicamente à proteção da cabeça. Eles acabam assumindo também uma significação social muito importante”, diz Mônica. Conciliando explicações científicas, experiências práticas e momentos lúdicos, o vagão A Ciência no Salão de Beleza ensina que cuidar da estética, além de atividade prazerosa, pode ser uma divertida forma de aprendizagem. “A ciência não precisa ser chata. Nós precisamos rearticulá-la com o cotidiano”, conclui a coordenadora. (Com assessoria de imprensa do Centro de Difusão da Ciência da UFMG)
Por meio de observações microscópicas, jogos e oficinas, os estudantes entendem um pouco mais sobre a composição e funções das unhas, da pele e do cabelo. “Parece uma serpente, mas é a nossa pele!”, comenta Mateus, estudante do 2º ano do ensino básico, ao observar, no microscópio, uma amostra de tecido do pé. Viviam, 11 anos, percorre com as mãos um modelo representativo da epiderme humana e, intrigada, pergunta: “Isso é a nossa cabeça?” Descobre, então, que se trata de uma reprodução ampliada da superfície de sua própria pele.