Pouco realizada no país, a música de câmara brasileira será tema de recital da série didática Prata da Casa, nesta segunda-feira, 26 de outubro, às 19h, no Conservatório UFMG. A apresentação estará a cargo do duo formado pela mezzo-soprano Luciana Monteiro e pelo violonista Flávio Barbeitas, ambos professores da Escola de Música da UFMG. O programa, parte do projeto Resgate da Canção Brasileira, percorrerá momentos importantes da obra do compositor Heitor Villa-Lobos, ilustrados por obras para violão e canto do compositor, além de composições de Alberto Nepomuceno, Lúcio de Andrade, Tom Jobim e Guerra-Peixe. O projeto Resgate da Canção Brasileira, coordenado pela professora Luciana Monteiro, divulga a canção de câmara brasileira, apresentando, em curtos espetáculos musicais, repertório nacional de grande valor cultural e estético, pouco conhecido do público em geral. O duo Flávio Terrigno Barbeitas é professor adjunto de violão e de disciplinas teóricas na área de musicologia nos níveis de graduação e pós-graduação. Bacharel em Música (violão) pela UFRJ, mestre em Música, também pela UFRJ e doutor em Estudos Literários pela UFMG e Università degli Studi di Bologna. Desde 1996 leciona na Escola de Música da UFMG.
Realizada através de parceria entre a Escola de Música e o Conservatório UFMG na última segunda-feira do mês, a série Prata da Casa acontece na Sala de Concertos do Conservatório, com entrada franca. A série tem o objetivo de difundir o trabalho dos grupos estáveis e de atuais e ex-alunos e professores da Escola de Música da UFMG. É coordenada pela jornalista e produtora cultural Jane Medeiros, com direção artística da pianista e professora Guida Borghoff.
Luciana Monteiro de Castro, natural de Belo Horizonte, iniciou-se na música no Coral Julia Pardini. Graduou-se em Canto pela UFMG, com Marilene Gangana, e pelo Conservatório Nacional de Lisboa, com Elsa Saque. Concluiu mestrado em Performance Musical e doutorado em Literatura Comparada pela UFMG. Foi solista em diversas obras sinfônicas, como II Sinfonia, de Mahler, e Romeu e Julieta, de Berlioz (regência de David Machado), Messias, de Haendel (Emilio de César), IX Sinfonia, de Beethoven e Te Deum, de Bruckner (Isaac Karabtchevsky), Stabat Mater, de Pergolesi, entre outras. No campo operístico, cantou os papéis protagonistas de Carmen (Bizet) e Dido e Enéas (Purcell) em Lisboa. Realizou numerosos registros sonoros, dentre os quais se destacam as primeiras gravações do Requiem de Francesco Durante e de obras do período colonial mineiro, como o Ofício das trevas (Pe. José Maria Xavier). Participa do grupo música contemporânea MúsicaViva e é professora de Canto da Escola de Música da UFMG.
O Conservatório UFMG fica na avenida Afonso Pena, 1534, Centro de Belo Horizonte. Informações pelo telefone (31) 3409-8300.