Antecipando as comemorações do centenário de nascimento de Noel Rosa, que acontecerá no próximo ano, o Conservatório UFMG traz a Belo Horizonte Cristina Buarque e Henrique Cazes no show Sem tostão, que será realizado nesta quinta-feira, 10 de dezembro, às 21h. O show Sem tostão… a crise não é boato com Cristina Buarque & Henrique Cazes estreou em março de 1992 e percorreu boa parte do país, sendo gravado ao vivo e lançado em 95 no Brasil e na Europa. Em outubro de 1999, Cristina e Henrique se uniram para novo mergulho na obra do Poeta da Vila com o show “Sem tostão 2… a crise continua”. Agora, resumem os dois espetáculos em um novo show que traz as mais brilhantes composicões de Noel, entremeadas por histórias engraçadas e informativas. Partindo da familiaridade de Cristina com a o universo do samba e da experiência de Henrique em mais de 20 anos com o conjunto Coisas Nossas, especialista na obra de Noel; foi traçado um retrato rigoroso e leve deste que em apenas 26 anos de vida e pouco mais de 8 de trabalho musical, marcou fortemente a Música Brasileira. Nos CDs e no espetáculo, uma sucessão de blocos temáticos, intercalados por histórias engraçadas e reveladoras do espírito "noelino" se desenrolam ao longo de pouco mais de 1 hora. Os tipos cariocas, a avareza, a exaltação ao bairro da Penha, a violência urbana (já em pauta nos anos 30), as relações entre a mulher e a mentira, a polêmica com Wilson Batista e um grande bloco falando da crise que ainda é a mesma, mostram um Noel inteiramente atual, 72 anos após sua morte. O endereço do Conservatório é avenida Afonso Pena 1.534. Informações pelo telefone (31) 3409-8300. Cristina Buarque Ao longo de sua carreira Cristina Buarque deixou claro que a opção pelo samba não era oportunismo e sim uma paixão que ela celebra cantando com a Velha Guarda da Portela, fazendo participações especiais em shows de Paulinho da Viola ou resgatando a obra de grandes mestres do gênero, como no recente CD “Ganha-se pouco mais é divertido”, dedicado a obra de Wilson Batista. Henrique Cazes Em 1998, Cazes lançou o livro “Choro: do Quintal ao Municipal” e em seguida “Suíte Gargalhadas”, uma antologia de causos envolvendo músicos brasileiros. No show Sem tostão, com Cristina, Henrique Cazes reencontra o violão, instrumento no qual se iniciou na música, canta e conta histórias. (Assessoria de Imprensa do Conservatório UFMG)
Caçula de uma família de talentos, Cristina começou em São Paulo cantando Paulo Vanzolini e em 1974 despontou com o sucesso do samba "Quantas lágrimas" de Manacéa da Portela. Daí gravou uma série de discos e se tornou uma referência tanto do ponto de vista interpretativo quanto do conhecimento de vastíssimo repertório dos melhores sambistas.
Começou tocando no Conjunto Coisas Nossas que realizou diversos espetáculos sobre Noel e a música carioca das décadas de 1920 e 30. Em 1980 passou a integrar a Camerata Carioca, liderada por Joel Nascimento e dirigida por Radamés Gnattali. Desde 88 quando lançou seu primeiro disco solo, vem se firmando como o melhor solista de cavaquinho do país. É o responsável pela Orquestra Pixinguinha com a qual remontou uma série de arranjos originais do mestre do Choro.