As últimas sessões da Mostra Videoarte, que acontece no Centro Cultural UFMG em parceria com o evento Verão Arte Contemporânea, terão neste fim de semana a série Música e Vídeo e uma obra sobre op trabalho de Pina Bausch. As exibições serão no sábado e no domingo, a partir das 17h30, com entrada gratuita. Dia 6 de fevereiro – Vídeo e música O diretor Godfrey Reggio e o compositor Philip Glass desenvolveram uma trilogia de experimentações da relação entre vídeo e música que ficou conhecida como Trilogia Qatsi. A palavra da língua Hopi, dos Uzo-Asteca, índigenas do Arizona/EUA, significa vida. Os três filmes marcaram época, por sua qualidade imagética e pela proposição de linguagem, uma relação entre imagem e sons que supera a palavra como forma de comunicação, abrindo talvez o caminho para um procedimento caro à arte contemporânea: o de deixar para o espectador espaço aberto para suas próprias associações, leitura e complementação da obra. O primeiro filme, Koyanisqatsi – Life out of balance (1983), integrou as discussões dos anos 80, rondando durante anos as discussões acadêmicas e de militantes políticos e artísticos. O segundo filme, Powaqqatsi – Life in transformation (1988), apareceu num momento em que o mundo já se globalizava, e não repercutiu tanto quanto primeiro, embora seja uma obra que mostra a experiência e o apuro visual conquistados pela dupla de realizadores. O terceiro filme, Nagoyqatsi – Life as war (2002), é pouquíssimo conhecido no nosso país. Será exibido o filme Powaqqatsi – Life in transformation (cor, 100min). Dia 7 de fevereiro – Pina Bausch, uma pequena homenagem Philippine Bausch (1940-2009) marcou para sempre a relação entre dança e teatro, tanto por sua atuação criativa e renovadora da perspectiva da criação em dança, quanto por sua habilidade em lançar mão dos recursos teatrais para se comunicar com seus bailarinos e com os espectadores. Seu método de trabalho levava os bailarinos a exprimirem suas experiências emotivas e corporais em movimentos. Cada peça parece ter sido uma viagem de descoberta, baseada na crença de que cada corpo guarda em plenitude comportamentos, esperanças, saudades, medos e desejos. “Esse método proporciona grande respeito pelo indivíduo, que tem o direito de estar presente por sua individualidade e diferença.” (Norbert Servos) O Cinecentro vai exibir o documentário O que fazem Pina Bausch e seus dançarinos em Wuppertal?, do canal de TV alemão Inter Nationes, sobre o processo criativo de Bandoneon (1982); e O lamento da imperatriz, longa-metragem dirigido por Pina Bausch em 1988, com os dançarinos do Tanztheater de Wuppertal e convidados (106min). O Centro Cultural UFMG fica na avenida Santos Dumont, 174, Centro de Belo Horizonte. Outras informações pelo telefone 3409-1090.