A Faculdade de Medicina da UFMG abre oficialmente as comemorações de seu centenário nesta sexta-feira, dia 26, às 11h, no Salão Nobre. A programação terá palestra com o tema Faculdade de Medicina: aspectos históricos, do professor emérito da UFMG Nassim Calixto, e apresentação da Orquestra de Câmara da Polícia Militar.
Fundada em 1911, a Faculdade de Medicina forma anualmente 320 médicos e 50 fonoaudiólogos, e passará a graduar a cada ano 80 profissionais de Tecnologia e Radiologia em Diagnóstico por Imagem, curso que iniciou atividades este ano. A escola formou nomes como Juscelino Kubitschek, Pedro Nava e Guimarães Rosa.
“O centenário desmente a ideia daqueles que consideravam, na época da fundação, que em Minas não havia condições para criar uma escola de Medicina”, observa o professor Ajax Pinto Ferreira, coordenador do Centro de Memória da Medicina.
O aniversário será comemorado ao longo de 2010 e 2011, com eventos culturais, científicos e educativos. Como parte da programação, a unidade vai promover, no próximo ano, o 2º Congresso Nacional de Saúde da Faculdade de Medicina, que terá como tema principal políticas de promoção de saúde.
Política e saúde pública
A história da Faculdade começou há bem mais de um século. Segundo registros do jornal Minas Gerais, diário oficial do estado, em 1893, Silviano Brandão, secretário do governo de Afonso Pena, já defendia a criação de uma faculdade de Medicina em Minas como “indeclinável necessidade”.
A Faculdade de Medicina sempre foi ativa na história de Belo Horizonte, de Minas e do Brasil, seja pela inserção de seus professores e alunos na evolução da saúde por meio de pesquisas científicas e iniciativas sociais, como na construção dos primeiros hospitais de Belo Horizonte.
Na política, a Faculdade teve participação expressiva. Alguns anos após a fundação da escola, na primeira e na segunda guerras mundiais, professores foram enviados a campo na missão brasileira. Em 1930, os alunos participaram da revolução que pôs fim à República Velha.
Em 1968, Faculdade foi palco de invasão militar. Alunos engajados na contestação ao regime militar, chegaram a ser presos e torturados. Na década de 1980, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), mais uma vez a Faculdade de Medicina se mostrou envolvida com as questões públicas da saúde.
(Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina da UFMG)
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