Lançar um novo olhar sobre o futebol, para escapar ao óbvio que as mesas-redondas do rádio e da TV usualmente discutem: é essa a proposta do Óbvio Ululante, novo programa da rádio UFMG Educativa que estreia nesta quinta, dia 20, às 22h. História dos clubes, das torcidas e de personalidades marcantes, política no futebol, estatuto de defesa do torcedor, preconceitos, a presença da mulher, as manifestações e a paixão do torcedor e o futebol nas artes são alguns dos temas que estarão na pauta dos programas. Ancorado pelo repórter da UFMG Educativa Bruno Pinheiro, Óbvio Ululante é produzido por integrantes do Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (Gefut), do Departamento de Educação Física da UFMG. Apresentam o programa os alunos André Silveira e Luiz Gomes, os ex-alunos Luiza Aguiar e Marcos de Abreu, o mestrando Tiago Felipe da Silva e o professor do Departamento Sílvio Ricardo da Silva. O programa também é produzido pelo mestre em Educação Física pela UFMG Luiz Nicácio. Sair da mesmice "Em vez de apenas relatar uma briga de torcedores, por exemplo, achamos que é mais importante investigar a origem dessa questão social que é a violência nos estádios”, explica a ex-aluna da UFMG e apresentadora do programa. Discutir a presença do futebol na vida cotidiana dos torcedores será outro enfoque do Óbvio Ululante. “Por mais que uma pessoa não seja torcedora fanática, sempre tem alguma lembrança de um jogo marcante. Nossa ideia é buscar casos pessoais para resgatar essa paixão e mostrar como o futebol faz parte da nossa formação”, explica Luiza Aguiar. Óbvio Ululante irá ao ar todas as quintas-feiras, das 22h às 23h, na UFMG Educativa. A rádio é sintonizada na frequência 104,5 FM em Belo Horizonte, Contagem e outras cidades da grande BH, e também pode ser acessada pelo site www.ufmg.br/online/radio.
Partindo de seus estudos sobre futebol numa perspectiva mais voltada para as ciências humanas, a equipe pretende se voltar para fatores sociais e políticos que envolvem o esporte, numa abordagem distinta da que é feita pela grande mídia. “A maioria das mesas-redondas limitam-se a discutir o resultado do jogo, simplificando a questão”, avalia Luiza Aguiar. “Nós propomos uma abordagem mais aprofundada."