Universidade Federal de Minas Gerais

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Barbieri: novas pautas

Projetos de mitigação de mudanças climáticas exigem integração de políticas públicas, defende Alisson Barbieri

sexta-feira, 28 de maio de 2010, às 14h18

Estudo sobre Economia do Clima no Brasil, concluído em 2009, colocou em números os custos que o país terá de arcar com as mudanças climáticas, caso nada seja feito: perdas podem chegar a até R$ 3,6 trilhões em 2050. Parte importante da pesquisa, dedicada a avaliar os impactos na migração, emprego e saúde teve coordenação de pesquisadores da UFMG. O trabalho, que abriu perspectivas na pesquisa e metodologia na área, ganha cada vez mais espaço em fóruns de discussão. No mais recente deles, o Seminário de Diamantina, um dos coordenadores da pesquisa, o professor Alisson Barbieri, da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG, conduziu mesa-redonda sobre o tema. Em entrevista ao Portal UFMG, concedida um mês antes do evento, o pesquisador fez um pequeno balanço sobre diversas questões que a análise de cenários na economia decorrentes das mudanças climáticas trazem para a academia e o setor governamental.

Considerando sua coordenação do capítulo do documento Economia do Clima, o que extrai dessa experiência, do ponto de vista da pesquisa acadêmica e de novas linhas de investigação na instituição?

Creio que uma das grandes repercussões positivas do projeto foi termos criado linha de pesquisa na Face em torno do tema mudanças climáticas. Basicamente, as mudanças climáticas podem ser estudadas – seus impactos, por exemplo, sobre a dinâmica ambiental, mas também sobre as dinâmicas migratória, econômica e, de certa forma, também sobre economia regional. O que é interessante é que essas são linhas de pesquisa tradicionais do Cedeplar. Estamos conseguindo incorporar questões da economia regional, ambientais, migratórias e saúde populacional em cenários de mudanças climáticas. Então, através da consolidação dessas linhas, conseguimos nos inserir em projetos novos de pesquisas nacionais e atrair estudantes de graduação e doutorado interessados na pesquisa desses temas. Em nossos cursos regulares, estamos incluindo essas discussões. Além disso, em seminários e congressos acadêmicos já discutimos nossa experiência de pesquisa nessa área. Exemplo: ano passado, participamos do seminário do IHDP – International Human Development Program – um evento bianual, o maior nessa área que aborda temáticas do desenvolvimento humano e mudanças ambientais. O último ocorreu na Alemanha. Há também o encontro de quatro em quatro anos da União Internacional de Estudos Científicos da População (Iussp), do qual participamos mostrando nossa produção.

Você foi convidado a dar um curso nos Estados Unidos...

Sim. A Brown University possui um programa tradicional, de verão, que oferece todos os anos, no mês de junho. Basicamente, a idéia é treinar young schoolars em alguma área que a instituição considera de grande relevância para as políticas públicas no mundo. O tema escolhido para esse ano foi mudanças climáticas. E do Brasil fomos convidados eu e o professor Britaldo Soares, do IGC, para dar uma parte deste curso.

Sua abordagem será exatamente qual: de migração ou economia?

Será sobre impactos das mudanças climáticas sobre a dinâmica demográfica. O curso terá duração de três dias.

Vocês estão preparando um novo projeto financiado pelos fundos setoriais para a Amazônia. Do que se trata?

Existe um fundo brasileiro para mudanças climáticas que já foi assinado pelo presidente Lula, e a intenção é que ele seja financiado com parte dos royalties do petróleo. Ainda não se sabe qual será o valor desse fundo, mas a ideia é investir em desenvolvimento científico e em processos ou políticas de adaptação às mudanças climáticas.

Você está falando do pré-sal?

Exatamente. O fundo vai propiciar uma importante fonte de financiamento para a pesquisa nessa área. Há muito financiamento internacional para a pesquisa nesse campo, com especial interesse pelo Brasil, que é um grande emissor de gás carbônico e muito tímido em suas políticas. Mas as agências oficiais têm algumas linhas. Existe o INCT, financiado pelo CNPq, de mudanças climáticas e nós participamos como colaboradores das pesquisas. A coordenação é do Inpe. A Fapesp tem uma linha muito forte nessa área. Infelizmente, na Fapemig, ainda não temos - seria muito interessante que houvesse. Teve uma chamada há algum tempo, mas na linha de biocombustíveis. Acho que ainda precisamos criar dentro da Fapemig uma linha para pesquisa mais ampla, com visão mais sistêmica, digamos assim, de impactos na sociedade, na política, e de adaptação. Acho que a Fapemig poderia avançar nessa direção, criando essa linha de apoio a pesquisas na área de mudanças climáticas em suas dimensões mais amplas possíveis - não só impactos sobre energia, mas sobre saúde, dinâmicas migratória e econômica. Atualmente, quando alguém elabora projeto nessa área, entra, por exemplo, no edital Universal da Fapemig. Mas o ideal seria se houvesse uma linha específica de financiamento de pesquisa nessa área. A Fapesp tem um programa nesse campo que foi muito bem-sucedido. E é uma área em que existe a possibilidade de pesquisa e produz muita repercussão também. Por exemplo, o Seminário de Economia Mineira organizou duas mesas-redondas sobre esse tema. O seminário da Abep - Associação Brasileira de Estudos da População - terá uma mesa-redonda sobre isso em setembro. Como reflexo do trabalho que fizemos aqui no Cedeplar, recebemos muitos convites para ir para o exterior. Fui fazer também uma palestra no Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra sobre esse projeto.

Ano passado?
Sim, Depois que fizemos o estudo muitos têm manifestado interesse por ele.

Qual a curiosidade maior deles? É a metodologia? Vocês desenvolveram um software para trabalhar com cenários...

São as duas coisas. É basicamente como relacionar cenários de mudanças climáticas, sobretudo de temperatura, com variações socioeconômicas. O que se tem feito é insuficiente - dizer, por exemplo, que, se a temperatura elevar X, então ocorrerá aumento de imigração. Existe uma metodologia que lida com essas coisas. Trabalho feito por nosso grupo de pesquisa sobre o tema deve sair agora no periódico Population and Environment, da editora Springer. Ele foi aceito por isso, segundo comentário do editor: nessa área, as pesquisas que associam mudanças climáticas com cenários econômicos são incipientes. Isso tem ocorrido de uma forma muito especulativa. Eles têm interesse nisso e em como foi feito - já pensando talvez na possibilidade de replicar para outros casos. E até pelos resultados nesses cenários de migração, há muito interesse pelo Brasil e pela Amazônia. O país está assumindo papel ativo nas discussões em fóruns mundiais de mudança climática, e de uma forma ainda não muito articulada - mas vai se articular - tem feito pesquisas nessa área. Os trabalhos da Economia do Clima são um exemplo. Isso gera muito interesse, curiosidade e crítica, mesmo porque toda metodologia nova está sujeita a avaliações. Mas acreditamos que o caminho a trilhar esteja correto.

Revisões são comuns?

Se refizermos os estudos sobre impactos climáticos daqui a cinco anos, vamos ter cenários diferentes. O próprio Inpe, periodicamente, revisa as suas estimativas de mudanças climáticas. Por quê? Porque os modelos vão se tornando muito mais refinados; a capacidade de processamento de informações é sempre maior. Cada cenário comporta milhares de variáveis que exigem uma capacidade de processamento muito grande. E, como o próprio conhecimento da área vai aumentando, os cenários climáticos daqui a três , cinco anos, serão muito mais sofisticados do que os de hoje. As nossas projeções, por exemplo, estão sempre em processo de atualização.

Mas isso não significa que os modelos atuais não tenham credibilidade...
Não. Conceitualmente, os modelos fazem sentido.

A crise chamada de Climategate gerou desconfiança sobre estudos do IPCC...

Nesse caso específico ainda não teria o que dizer, porque está sendo investigado. Há muitas informações contraditórias. Algumas pessoas dizem que, caso tenha havido alguma manipulação de dados sobre mudanças climáticas, isso não modificaria a tendência de ela ocorrer - seria um pouco maior ou menor, mas que a tendência existe. Os céticos dizem que isso ajuda a reduzir a credibilidade nos estudos, mas na verdade, nada está muito claro.

O problema são as repercussões...

É. Na verdade sabemos que um processo de mudança climática está acontecendo. Mas a comunidade científica não sabe quantificá-la tão bem ainda, por isso trabalha com cenários decorrentes de alta ou baixa emissão de gases de efeito estufa. Na realidade, a imprecisão reside justamente nisso. Há uma discussão se essas mudanças são um processo natural ou se resultam da ação humana. Eu tendo a acreditar que é um processo que comporta uma causa natural, mas que tem sido acelerado desde o início da revolução industrial pelo homem.

O último relatório do IPCC disseminou essa conclusão da ação do homem nesse processo...

Sim. Mas ainda é impreciso dizer - e aí entra a questão metodológica, de suas atuais limitações - de quanto será o aumento da temperatura. A outra questão, relativa à metodologia, é que modelos climáticos, usados pelo IPCC, são globais. Eles são tão complexos que envolvem, por exemplo, regime de situação de vento no mundo, de circulação das marés. Sabe-se que, quanto maior a escala, maior será a probabilidade de os modelos chegarem a um nível de precisão razoável. Mas nos chamados modelos regionais, em que tentamos fazer essa estimativa de cenários climáticos numa escala mais localizada, como Brasil ou regiões, na medida em que você refina, a imprecisão aumenta. Então, nosso esforço é desenvolver modelos regionalizados com o menor erro. Essa é uma questão típica dos modelos: quanto mais refinado for, maior a incerteza sobre os cenários.

Em relação à absorção das avaliações sobre impactos das mudanças climáticas nas políticas públicas temos apenas boas intenções?

A minha interpretação é que, por enquanto, tem havido apenas boas intenções. Existe uma iniciativa interessante, por exemplo, o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, cuja proposta é ser intersetorial, agregando vários ministérios para lidar com essa questão. Mas há muito pouca coisa. O tema das mudanças climáticas tem sido usado como instrumento de marketing, eventualmente até para justificar algum investimento em política, por exemplo, transporte mais limpo, com o uso de biodiesel para reduzir emissões. Mas, do ponto de vista do que realmente interessa, que é alterar a matriz energética e promover políticas de adaptação, repensar a organização das cidades e o transporte público, incorporando a questão climática como uma das motivações nas mudanças em políticas, muito pouco tem sido feito. E isso porque a mudança requer, entre outras coisas, atingir mentes e corações dos policy makers para entender que a dinâmica econômica e a questão social vão ser impactadas pela mudança climática. Enquanto os governos não conseguirem entender essa repercussão sobre a qualidade de vida das populações e não adotarem políticas de mitigação e de adaptação a essas mudanças, nós vamos continuar apenas no discurso. Eu cito um caso concreto: adaptação das cidades. Temos de pensar radicalmente em tornar as cidades mais limpas - elas deveriam emitir menos carbono - e em políticas de adaptação, que reduzam problemas da população em áreas de risco que sofrem com efeitos de extremos climáticos. Há tendência de elevação desses extremos e isso pode aumentar o risco dessas áreas. Quanto à política de transporte, pensando em mitigação, é necessário o transporte de emissão zero, o que justifica, além da qualidade de vida geral da população, uma rede mais abrangente de metrô em Belo Horizonte, em vez do sistema baseado em ônibus. No Brasil, depois da devastação da floresta amazônica e da pecuária, o setor que mais emite gases de efeito estufa é o de transporte. Precisamos, portanto, redefinir políticas, mas o tema não está incorporado nas políticas públicas. Há discursos sobre as mudanças climáticas, mas na prática não temos investimentos direcionados a ações nessa linha. Existem algumas propostas, algumas discussões, mas a adoção de políticas mais efetivas é, na realidade, algo complicado, porque mudança climática exige visão sistêmica e multissetorial. Não é tarefa para só um ministério, por exemplo. E aí há o problema da forma como planejamento é feito no Brasil. É absolutamente setorial e não é possível pensar em políticas de mitigação e adaptação sem a integração das políticas. É condição sinequanon. O enfrentamento adequado das questões postas pelas mudanças climáticas envolve planejamento integrado e uma das grandes fontes de ineficiência das políticas públicas que nós temos hoje é justamente a falta de integração de políticas. Cada setor cuida do que é seu, as políticas normalmente são ineficientes e não abrangem os problemas de uma forma adequada.

Vocês tiveram uma experiência recente com uma demanda do BNDES, de elaborar diagnóstico e propostas para financiamento de políticas públicas dentro de uma perspectiva multissetorial. A questão essencial era identificar questões que são problemas em oportunidades...

Essa questão do planejamento das políticas e o projeto do BNDES possuem ligação muito interessante. Do ponto de vista de políticas do governo de fomentar ou de manter a economia aquecida, a política, por exemplo, de isenção de IPI foi extremamente bem-sucedida. Estimativas da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) de março mencionam aumento de 170% em relação ao ano passado, no mesmo período. Quer dizer, fomentar esse aumento setorial para a economia brasileira, cuja indústria é dependente do setor automobilístico, é excelente. Mas, do ponto de vista das implicações sociais e ambientais, não podemos dizer o mesmo. Basta olhar o caos urbano que vivemos hoje. O sistema de mobilidade hoje é cada vez mais baseado no veículo; mas não tem espaço para tanto carro nas ruas. Então, basicamente, o que pensamos, é mudar uma matriz baseada no transporte individual e altamente poluidor para outra mais limpa e que privilegie o transporte público. E isso se aplica a qualquer outra área. Quando falamos em inovação tecnológica no setor industrial para reduzir a emissão, para mitigar os efeitos dos gases de efeito estufa, pensamos em energia, novos materiais, substituição de materiais poluentes por não poluentes. Tudo isso tem custo, que pode significar redução no ritmo do crescimento econômico. Temos de nos perguntar se estamos dispostos a pagá-lo, em função de uma qualidade de vida melhor.

E se não houver esse investimento também haverá um custo...

Sim. A questão das mudanças climáticas implica decisão política e da sociedade, principalmente, pressionando em direção a alterações nas formas de produção e de consumo, que seja ambientalmente e socialmente mais correta ou menos impactante. Nesse aspecto, o objetivo do estudo é tentar informar ao Banco, nas suas políticas de investimento, uma perspectiva ambiental e social inclusiva que gere mais qualidade de vida para a população. Exemplificando, é preciso pensar a transição da matriz energética - no caso brasileiro, que é uma matriz mais limpa - não só do lado da oferta, em termos de geração de energia eólica, solar, etc, mas também do lado do consumo. Aumentar a eficiência energética no setor domiciliar pode significar até troca de geladeira. Eletrodomésticos, casas e habitações podem ser mais eficientes do ponto de vista energético. A grande contribuição desse trabalho é justamente tentar informar e influenciar a política de investimento do Banco, de forma a adotar uma perspectiva de inclusão social e redução de desigualdade, incorporando também a questão ambiental.

Qual estudo coordena na pesquisa para o BNDES?

São sete estudos na área denominada Meio Ambiente. Eles focam - alguns em maior ou menor densidade - a questão climática. Temos estudos sobre impactos das mudanças climáticas no perfil demográfico e saúde da população; mercado de carbono; energias renováveis - o lado da oferta -; eficiência energética; utilização sustentável de recursos naturais na Amazônia, utilização da biodiversidade no Brasil e outro de gestão de recursos hídricos na bacia do rio São Francisco - que vai desde a transposição até questões de saneamento. Existem outras áreas que também focam a questão ambiental, mas esses sete têm como centro a discussão ambiental. Os outros tratam o tema de uma forma mais transversal.

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