Contemplada com R$ 239 mil para a aquisição de livros recomendados por seus 67 programas de pós-graduação stricto sensu – mestrado e doutorado –, a UFMG terá seu acervo bibliográfico acrescido de mais de 1.500 exemplares, um terço dos quais com obras importadas. Segundo o pró-reitor de pós-graduação, professor Ricardo Santiago Gomez, todas as áreas do conhecimento estão contempladas na proposta elaborada pelos coordenadores dos programas e aprovada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), por meio do edital de aquisição de livros técnicos e científicos para pós-graduação. Gomez ressalta que a proposta, abrangente e de caráter interdisciplinar, tem impacto importante na qualidade da pós-graduação da Universidade. “Essas duas características da proposta são ainda ampliadas pela alocação dos livros nas bibliotecas das unidades acadêmicas, o que significa que poderão ser acessados não apenas pelos cerca de sete mil alunos de mestrado e doutorado, mas por todos os usuários do Sistema de Bibliotecas, seja em Belo Horizonte ou em Montes Claros”, acrescenta. Desse modo, a disponibilidade do acervo também resulta em impacto significativo no ensino de graduação, sobretudo nas atividades de iniciação científica de graduandos desenvolvidas, em grande parte, em associação com docentes e discentes de pós-graduação. Na proposta entregue à Fapemig, a Pró-reitoria de Pós-graduação informa que os recursos advindos do edital tem permitido, ao longo dos anos, “consolidar e ampliar o acervo bibliográfico na UFMG, essencial para a formação de recursos humanos qualificados, além de sustentar sólida fundamentação teórica e experimental a cada um dos programas de pós-graduação stricto sensu”. De acordo com a Fapemig, o edital possibilita a compra de títulos adotados em cursos de pós-graduação regularmente oferecidos por instituições sediadas em Minas Gerais e recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com nota mínima igual a 3 na última avaliação. Atualmente, 1.600 professores permanentes vinculam-se aos 67 programas de pós-graduação stricto sensu da UFMG recomendados pela Capes. Desse total, 57 programas são em nível de doutorado e 66 em nível de mestrado. Estão matriculados 3.824 mestrandos e 2.987 doutorandos, totalizando 6.811 discentes. O documento enviado à Fapemig também afirma que a qualidade e a abrangência da pós-graduação na UFMG podem ser comprovadas tanto pela alta avaliação da Capes quanto pela ampla distribuição dos programas, em todas as áreas do conhecimento. Os dados mostram que 41 (62%) dos 67 programas são avaliados com conceito igual ou superior a 5, assim distribuídos: quatro com o conceito máximo (7), 11 com conceito 6, e 26 com conceito 5. Além disso, 15 dos programas com conceito 6 e 7 se distribuem em todas as áreas do conhecimento, ou seja, ciências agrárias, biológicas, exatas e da terra, engenharias, humanas, sociais aplicadas e linguística, letras e artes. Destacam-se, também, os cursos de Bioinformática, Ciências da Reabilitação e Comunicação Social, com conceito 5, máximo da subárea no país. “Em relação aos cursos avaliados pela Capes com o conceito 3 vale lembrar que são todos novos, criados no último triênio de avaliação (2004-2006)”, ressalta Ricardo Gomez, ao comentar que esses programas são, em sua maioria, únicos em Minas Gerais em seus campos de atuação e, por isso, “estratégicos para a formação de recursos humanos no estado e na UFMG”. (Boletim UFMG, edição 1696)