A quinta edição do seminário Visões do Vale – Jequitinhonha: desenvolvimento e sustentabilidade, será aberto nesta quarta, 9, na UFMG. Com entrada franqueada ao público, o evento será sediado na Faculdade de Ciências Econômicas. As atividades prosseguem até amanhã e incluem conferências, mesas-redondas, lançamento de livros e apresentação de trabalhos de pesquisa e extensão (veja lista no final desta nota). A promoção é da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e do Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha. Participam pesquisadores, estudantes, membros da comunidade, gestores e interessados em geral. O objetivo é realizar discussões temáticas nas quais tenham vez e voz as diferentes percepções do Jequitinhonha. “O seminário é um espaço para discussões amplas, compartilhamento de saberes e, principalmente, para difundir os resultados de pesquisas que poderão contribuir para a elaboração de diretrizes destinadas ao desenvolvimento social do Vale do Jequitinhonha”, destaca o professor João Valdir Alves de Souza, da Faculdade de Educação e coordenador do seminário. Seguindo o eixo desenvolvimento e sustentabilidade, o evento vai levar ao público experiências do cotidiano da região. “Há grande quantidade de pesquisas produzidas, entre teses, dissertações e monografias, mas o que a universidade conhece sobre o Vale?”, questiona Souza. O professor defende que “há pelo menos 20 anos, muito antes do debate entrar nas universidades, na mídia e na sociedade em geral, essas questões estavam presentes nos movimentos sociais, que já operavam com tais mecanismos na prática”. João Valdir de Souza cita o exemplo do Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica, associação sem fins lucrativos criada na década de 90, ligada aos trabalhadores rurais de Turmalina e que realiza atividades adaptadas às características sociais, econômicas e ambientais da região. “No seminário, não queremos ‘levar’ o que entendemos por sustentabilidade; queremos ouvi-los, compreender o que fazem para aprender e compartilhar”, frisa. A apresentação de trabalhos terá início às 16h e o tempo de apresentação de cada trabalho será de até 20 minutos. Serão apresentados cinco trabalhos por dia, na seguinte ordem: 9 de junho - quarta-feira 10 de junho - quinta-feira
- Desenvolvimento turístico no Vale Do Jequitinhonha: uma análise sob a ótica das políticas públicas;
- Economia da sustentabilidade: possíveis diálogos com o pensamento indígena;
- A Importância do trabalho feminino para a manutenção da agricultura familiar nas comunidades quilombolas de Minas Novas e Chapada Do Norte - Vale Do Jequitinhonha/MG;
- Plano Diretor Participativo do município de Virgem da Lapa/MG: instrumento de diagnóstico, planejamento, mobilização e promoção da qualidade de vida das populações locais;
- Proposta de criação do Instituto Nacional do Artesanato Brasileiro - Inabra.
- Artesanato cooperativo no Vale do Jequitinhonha: reflexões sobre ações de intervenção em comunidades locais;
- Desenvolvimento e participação: o silenciamento das diferenças e o esvaziamento da política?;
- Economia solidária no Vale;
- Feiras livres e mercados periódicos no Vale Do Jequitinhonha: estudo de caso nos municípios de Minas Novas, Capelinha e Chapada do Norte;
-Perspectivas ao desenvolvimento urbano sustentável na mesorregião do Jequitinhonha.