Fertilização in vitro para búfalos, captura de CO2 em plantas industriais potencialmente poluidoras e separação óleo-água por meio de nanopartículas anfifílicas. Essas três propostas serão apresentadas por mestrandos e doutorandos da UFMG nesta quinta-feira, 17, no auditório 1 da Faculdade de Ciências Econômicas (Face). Divididos em equipes, os pós-graduandos são participantes do Programa Mineiro de Empreendedorismo na Pós-graduação, promovido pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e pelo Sistema Mineiro de Inovação. Durante cinco dias, eles participaram de seminário vivencial com duração de quatro horas, em que desenvolveram os planos de inovação. A melhor proposta será escolhida hoje e representará a UFMG no Torneio Mineiro de Empreendedorismo na Pós-graduação. Conheça as propostas: Bufalofert A proposta da equipe é criar uma empresa de fertilização in vitro especializada em búfalos. Segundo os pesquisadores, esse tipo de reprodução permite produzir até 30 animais por ano, enquanto pelo método tradicional produz-se apenas um novo búfalo por ano. A equipe defende que a criação de búfalos possui grandes vantagens sobre a bovina: maior produção de carne, baixos teores de colesterol da carne e do leite, menor emissão de gás metano, maior resistência a pragas e toxinas, menor consumo de medicamentos, menor custo de produção, manejo simples e potencial brasileiro pouco explorado. CiclO2 – Soluções Ambientais O grupo propõe criar empresa de consultoria que elabore projetos de captura de CO2 em plantas industriais potencialmente poluidoras, através do uso de resíduos industriais. O objetivo do grupo é transformar resíduos de produção em matéria-prima, seqüestrando CO2. Os clientes potenciais seriam empresas com grande passivo ambiental, que poderiam utilizar a escória, realizar venda de créditos de carbono, vender coprodutos (sílica) e ainda melhorar sua imagem, por meio de marketing ambiental. Nanopartículas anfifílicas A proposta do grupo é realizar o processo de separação óleo-água por meio de nanopartículas anfifílicas. De acordo com a equipe, a Petrobras tem gasto anual de 1 bilhão de dólares com este processo, cuja demanda tende a aumentar com a exploração da camada pré-sal. Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que o processo também pode ser aplicado na produção de biodiesel, purificação e processamento de óleos vegetais e tratamento de efluentes industriais.
Equipe: Laila Rahme (Ciência Animal), Laura Hamdan de Andrade (Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e Marcílio Cenísio (Engenharia Química)
Equipe: Renato de Melo Mendes (Biologia Celular), Plínio César de Carvalho Pinto (Química), André Queiroz de Andrade (Ciência da informação), Maria de Fátima Amazonas de Sá Araújo (Engenharia Química), Camila Stefanie Fonseca de Oliveira (Epidemiologia) e Heder José Ribeiro (Biologia Celular)
Equipe: Aluir Dias Purceno (Química), Juliana Lott Carvalho e Felipe Tadeu Fiorini Gomide (Bioquímica e Imunologia).