Universidade Federal de Minas Gerais

Filipe Chaves
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Escola de Arquitetura faz 80 anos e se destaca em pesquisa sobre temas como sustentabilidade e computação aplicada

quinta-feira, 5 de agosto de 2010, às 7h34

Ao completar 80 anos de fundação, a Escola de Arquitetura da UFMG comemora também fase especialmente produtiva de suas atividades de pesquisa, incluindo novos campos com a sustentabilidade e a computação aplicada, segundo o diretor Flavio Carsalade. Nesta quinta, dia 5 de agosto, a partir das 17h, uma solenidade vai relembrar a história da escola, a primeira da América Latina criada sem vinculação às escolas politécnicas de Belas Artes e Filosofia. O evento acontece no auditório Martim Francisco Ribeiro de Andrada, da Escola (rua Paraíba, 697).

Entre as atividades que vão dar sequência às comemorações, estão previstos para este semestre uma exposição no Palácio das Artes sobre as relações da escola com Belo Horizonte e Minas Gerais e o lançamento de um livro sobre o edifício da unidade. Tombado pelo patrimônio histórico municipal, ele é exemplar legítimo da arquitetura modernista dos anos 1950, com elementos típicos das inovações dessa época, tais como o racionalismo, o controle solar, o uso de novos materiais, o pilotis. “Além disso, oferece à cidade, num gesto de gentileza urbana e integração exemplar, uma grande praça pública na esquina das ruas Paraíba e Gonçalves Dias”, como destaca Carsalade. Veja a entrevista com o diretor das Escola de Arquitetura.

O que significou o fato de a escola ter sido a primeira na América Latina a surgir independente de outras áreas?
A história do ensino de arquitetura no Brasil é marcada pela dicotomia entre aquelas egressas do campo da Belas-Artes e as outras com origem no ramo das politécnicas. No caso de Belo Horizonte, a nossa escola já nasceu como uma escola de Arquitetura, o que favoreceu uma reflexão e caminhos mais voltados para o foco específico da Arquitetura. Nos anos 1930, Belo Horizonte era uma cidade em plena construção, e a ação profissional que se fez por essa época influenciou, é claro, a arquitetura que depois se produziu. A Escola foi criada autônoma em relação à UFMG (a sua incorporação pela Universidade só se deu em 1946) e foi iniciativa exatamente desses profissionais que atuavam no mercado.

Quais foram as contribuições mais importantes da escola à arquitetura e ao urbanismo no Brasil (e fora)?
A graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG foi praticamente a única em Minas Gerais até o final dos anos 80, quando começaram a surgir as particulares. Assim, todos os profissionais formados no estado em praticamente todo o século 20 são egressos de nossa escola. Os novos cursos de graduação em Minas também são, portanto, conduzidos por ex-professores da UFMG ou por seus ex-alunos, o que resulta em grande influência de nossa instituição nos rumos da formação no estado. Também no Brasil, por ser uma das mais antigas e uma das mais importantes do país, a nossa escola tem influenciado as decisões nacionais sobre diretrizes de formação. Além disso, também se destaca na pesquisa em arquitetura, tradicionalmente na área do patrimônio histórico (vários de nossos professores estiveram à frente de órgãos de patrimônio nacionais, estaduais e municipais), e urbanismo. Mais recentemente, além dessas, tem se destacado nas áreas de sustentabilidade, habitação, teoria da arquitetura e computação aplicada, sem desconsiderar a área de projeto arquitetônico, um pilar muito forte de nosso ensino. Os profissionais egressos da UFMG se destacaram no cenário nacional e internacional, colocando-se à frente dos debates nacionais em momentos importantes, como na consolidação das pesquisas sobre o patrimônio histórico nos anos 1950 e atualmente, na inovação pós-moderna dos anos 80 e nos debates atuais sobre o rumo da profissão quanto às cidades, habitação social e sustentabilidade.

– Como evoluiu a pesquisa ao longo desse tempo?
A pesquisa em arquitetura deu um salto qualitativo e quantitativo muito grande nos últimos 20 anos. A Arquitetura era tratada antes como atividade essencialmente profissional, com esforços de pesquisa ainda muito setoriais, especialmente na área do patrimônio histórico. Nessas últimas décadas, surgiram novos grupos também favorecidos pela qualificação docente, com o retorno dos professores de pós-graduação e com o grande aumento da pós-graduação na área no Brasil. Além disso, a criação em 1995 da pós-graduação na própria Escola de Arquitetura deu grande impulso a essa atividade.

Existe preocupação especial em estimular nos alunos o gosto e a vocação pela pesquisa? Houve mudanças significativas nesse aspecto, ou predomina muito o interesse pela prática profissional?
Há esse estímulo, até mesmo porque a Arquitetura é um dos campos do conhecimento humano que mais tem sofrido impactos, quer sob a pressão social, quer sob a pressão ambiental, quer sob os avanços tecnológicos. Assim, os alunos sabem que não dá mais para ficarem restritos à absorção dos conhecimentos já existentes e que a produção do conhecimento passa a ser uma necessidade premente.

– Por que fase passa a escola ao completar 80 anos?
É uma fase de grande vitalidade nos pilares de ensino, pesquisa e extensão. No ensino, estamos integrados ao Reuni, aumentando de 90 vagas anuais para 150 vagas, com a criação de dois novos cursos noturnos, um de design de produtos e outro de arquitetura e urbanismo, este último voltado exatamente para o planejamento urbano e habitação social, dois dos mais graves problemas emergentes brasileiros.

Na pesquisa, estamos trabalhando os grandes temas contemporâneos voltados para o futuro como os já citados sustentabilidade, planejamento urbano e habitação social, acessibilidade, patrimônio, computação aplicada e teoria da arquitetura. Isto tudo dá novos rumos à profissão, comprometendo-a ainda mais com a sociedade brasileira e os problemas nacionais nas áreas de meio ambiente, cultura e urbanização.

Na extensão, a Escola de Arquitetura tem procurado se lidar com esses problemas, realizando práticas de interesse social como no Laboratório de Arquitetura Pública, o EVA e o Morar de outras Maneiras, integrando-se aos esforços de normatização e avanço tecnológico, junto a órgãos ambientais e gestores de energia (como a Eletrobrás), e de acessibilidade (através do laboratório Adapte-se), além do repasse desses conhecimentos em seus cursos de pós-graduação.

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