As crianças já chegam à escola com capacidade de comunicação oral bem desenvolvida. Cabe aos professores, portanto, aproveitar essa competência para começar a trabalhar a escrita de seus alunos desde a educação infantil. Mas como deve ser essa mediação? E como isso pode contribuir para o letramento das crianças? Essas questões serão abordadas pela professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Ana Carolina Perrusi na próxima conferência do Ceale Debate. O evento ocorre nesta terça, 14 de setembro, às 19h30, na Faculdade de Educação (FaE) da UFMG. “Essa é uma prática muito comum nas escolas, principalmente na educação infantil, mas falta reflexão por parte dos próprios educadores sobre como mediar essa atividade de forma mais qualificada e produtiva para que as crianças comecem a se apropriar da escrita desde cedo”, afirma a pesquisadora. O ciclo de conferências Ceale Debate é realizado mensalmente na Faculdade de Educação da UFMG. O evento é gratuito e não é necessário fazer inscrição para participar. Todas as palestras são transmitidas, ao vivo, via internet, pela Rádio FaE. Mais informações no Portal Educativo Ceale ou pelo telefone (31) 3409-5334. (Assessoria de imprensa do Ceale)
Durante a palestra Escrevendo com a boca e lendo com os ouvidos: a produção de textos coletivos na educação infantil, Ana Carolina Perrusi vai propor a reflexão sobre a função do professor na produção de textos coletivos em classes com alunos de quatro e cinco anos, além de apontar as vantagens da utilização desse método na formação letrada das crianças. A apresentação é uma compilação dos dados obtidos em duas pesquisas sobre o tema orientadas pela professora.
O texto coletivo é uma coprodução na qual alunos e professor trabalham juntos o tempo todo. Primeiro, elege-se um tema e, em seguida, as crianças se reúnem com o professor para produzir o texto: são elas que formulam as ideias e cabe ao docente estimular os alunos com perguntas e sugestões, além de dar forma escrita ao texto falado pelas crianças.