Muito além do rótulo de 'analista da alma humana', Machado de Assis escreveu ficção, poesia e crônica voltadas para a crítica da sociedade brasileira de seu tempo, abordando, principalmente, o declínio do regime escravista. Tal aspecto universalizante da obra do escritor carioca é um dos destaques do III Colóquio Neia Falas do Outro: literatura e expressão da alteridade nesta terça-feira, dia 21, no auditório 2001 da Faculdade de Letras. O evento é organizado pelo Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade (Neia). Essa análise será feita pelo professor Eduardo de Assis Duarte na conferência Machado de Assis, três vezes clássico, que compõe uma mesa-redonda dedicada ao escritor. Denominada Novos olhares sobre Machado de Assis, a mesa, coordenada pelo professor Sérgio Alcides, reúne, a partir de 10h, o professor Mauro Rosso, da PUC-RJ, que abordará o tema Relicários e raisonnés. Cruz e Souza e Sandra de Sá As atividades do Colóquio serão encerradas com o lançamento dos livros BrasiliAfro autorrevelado, de Miriam Alves, e Falas do Outro: literatura, gênero, etnicidade, organizado por Constância Lima Duarte, Eduardo de Assis Duarte e Marcos Antônio Alexandre. A programação do Colóquio e o resumo das comunicações a serem apresentadas estão disponíveis no site .
Relato sobre literatura e cinema na sala de aula, o encontro entre a música de Cartola e a poesia de Federico Garcia Lorca e uma leitura da obra de A família Medeiros (1892), de Júlia Lopes de Almeida, estão entre as atividades previstas para o período da tarde. Às 20h, mesa-redonda sobre o negro em verso e prosa reunirá análises sobre a obra de Cruz e Souza, a música de Sandra de Sá e o relato da experiência de ensino de cultura e literatura afro-brasileira em universidades norte-americanas.