Aposentados da UFMG têm sido vítimas de golpe. Segundo o presidente da Associação dos Servidores da Universidade Federal de Minas Gerais (Assufemg) Márcio Flávio do Reis, pessoas que se apresentam como funcionários da Assufemg têm visitado residências dos servidores para coletarem dados como cópia do contracheque, assinatura de folhas em branco, identidade e CPF, para a prática de operações ilícitas. Os golpistas alegam que as informações serão utilizadas para atualização cadastral.
O recadastramento é uma prática corriqueira e condição para a continuidade do recebimento do provento por parte dos aposentados e pensionistas. Por muito tempo, ele foi realizado pelas próprias universidades. Contudo, em 2010, o Decreto 7.141, de 29 de março de 2010, mudou o processo de atualização de dados. O documento transferiu a responsabilidade das universidades para a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o que significa que nenhum funcionário da UFMG ou da Assufemg tem competência para efetuar tal atividade. Como consta no artigo 8º do decreto, as datas de atualização serão informadas pelo órgão competente, o que ainda não foi feito.
De acordo com Saiuri Muniz, diretora da Divisão de Aposentadoria e Pensão da UFMG, os golpes têm realmente acontecido e alguns servidores aposentados, bem como pensionistas da Universidade já denunciaram esta prática na Divisão e na polícia. A diretora informa que em junho e em setembro deste ano foi enviado ofício a todos os aposentados e pensionistas da UFMG com esclarecimentos a respeito da mudança no encargo do recadastramento. “Nenhum funcionário da Universidade ou de qualquer outra instituição será enviado às casas para efetuar a renovação do cadastro", enfatiza.
Para Saiuri, aposentados e pensionistas devem manter vigilância redobrada, pois, de posse dos dados e, principalmente, do contracheque, os golpistas podem efetuar compras ou contrair empréstimos consignados junto a entidades financeiras.
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